Associação de Encarregados de Educação denúncia venda de vagas no ensino público em Angola

A Associação Nacional dos Encarregados de Educação e Pais (Assoneepa) de Angola veio denunciar que recebeu queixas de venda de vagas em escolas públicas por valores que variam entre os 30 mil e os 150 kwanzas. De acordo com o presidente desta associação, Masingani Lutonadio, o ano lectivo, cuja aulas tiveram início ontem, dia 4 de Setembro, tem sido marcado pela escassez de vagas, desde o ensino primário ao ensino médio em todo o país.

Em declarações à agência Lusa, o responsável deu conta que trabalhadores, docentes e não docentes, têm sido apontados como promotores desta prática, tendo defendido a importância de se fazerem “denúncias concretas” para a consequente responsabilização.

“Sabemos realmente de situações que ocorrem nas escolas e temos de lutar para combater a corrupção. Não apontamos o dedo a ninguém, mas esse fenómeno começa já no ensino primário, com venda de vagas. As pessoas falam, mas precisamos de provas efectivas”, disse. E acrescentou: “Vamos continuar a trabalhar na sensibilização dos trabalhadores docentes e não docentes, que são tidos como os principais autores desses actos”, declarou.

O líder associativo enalteceu, ainda, a construção de novas escolas em várias províncias de Angola, defendendo, contudo, que estas estejam dotadas de condições, como água corrente e energia.

O ano lectivo foi aberto oficialmente na passada sexta-feira e prossegue até 31 de julho de 2024, dividido em três períodos, com sete dias destinados a avaliações, duas pausas entre os trimestres, 15 dias de interrupção no Natal e três dias pela Páscoa.

Cerca de oito milhões de alunos vão frequentar as escolas, entre os quais mais de um milhão de crianças que entram pela primeira vez no sistema de ensino geral.

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