Apostas desportivas retiram jovens angolanos do desemprego

Quem se desloca pelas ruas da capital angolana, Luanda, tem deparado com um incremento substancial das barraquinhas de apostas desportivas. O fenómeno cresce diariamente, constituindo ganha-pão para muitos jovens que até aqui se encontravam desempregados.

Estes agentes promotores de apostas, cujo rendimento diário pode ultrapassar os 100.000 kwanzas (182 euros), sustentar por vezes famílias numerosas.

Guilherme de Assunção Benjamim, 26 anos, tornou-se agente promotor da operadora Premier Bet e em declarações à RFI contou que com as apostas a aumentar, aumentam também os seus rendimentos. “É um trabalho de muito esforço e vontade, porque se não tiver vontade para trabalhar, não vai mesmo conseguir nesse trabalho, uma vez que tem a ver com o rendimento que você faz. Na minha zona funciona mais de manhã e à tardinha. De manhã com as pessoas que vão para o trabalho. E no horário da tarde, também, quando saem do local de trabalho”, revela.

Guilherme aproveita para explicar o funcionamento das apostas: “Por exemplo, num jogo entre Barcelona e o Real Madrid. Queres que saia 2 a 1 no jogo, esse é um resultado exacto. E se sai o mesmo resultado, você tem um valor, mas esse valor varia dependendo da pontuação. Você ganha em função da quantia que se injecta. O mínimo era 100 [kwanzas], mas passou para 150.”

Quanto ao seu rendimento, Guilherme adianta: “Os dias em que não há muitos jogos, a tendência é render pouco”. Mas dá sempre para levar qualquer coisa para casa.”

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