Angola promete não deixar STP sozinho na presidência da CPLP

Ministro das Relações Exteriores de Angola, Téte António, prometeu prestar assistência a São Tomé e Príncipe durante o seu mandato na presidência rotativa da Comunidade de Países de Língua Portuguesa.
Angola iniciou há dias a passagem gradual da presidência rotativa da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) para São Tomé e Príncipe, com o chefe da diplomacia angolana a prometer não deixar o arquipélago sozinho no seu mandato.
“Esse é um exercício de estafetas. Corremos, [mas] não vamos deixar a chama a São Tomé e Príncipe sozinho, porque também nesta reunião nós abordamos a questão da ‘troika’, a maneira como a organização deve velar, de forma que a organização que sucede a outra possa continuar a apoiar a quem preside e quem virá comece já a ver com um pouco mais de profundidade o que acontece na organização”, disse Téte António, após uma cerimónia na capital são-tomense.
Segundo o ministro das Relações Exteriores de Angola, o acto serviu também para passar em revista o que foi a presidência angolana, que teve como mote “Construir e Fortalecer um Futuro Comum e Sustentável”, e que terminará formalmente em 27 de Agosto, durante a cimeira de São Tomé.
“Insistimos sobre os aspectos económicos que a organização deve comportar, introduzimos o pilar económico, o departamento dos assuntos económicos dentro do secretariado, também trabalhámos na revisão do estatuto dos observadores associados e há um processo de regulamento interno que foi iniciado e, com certeza, vai ser continuado por São Tomé e Príncipe”, recordou o diplomata.
Por seu turno, o ministro dos Negócios Estrangeiros de São Tomé e Príncipe, Alberto Pereira, sublinhou que as actividades de preparação da cimeira e da presidência da CPLP não começam nem terminam no dia da reunião dos chefes de Estado e de Governo.
“A CPLP é uma organização evolutiva”, referiu Alberto Pereira, acrescentando que os dossiês poderão iniciar-se numa presidência e continuar para uma outra presidência. “Portanto, a cimeira será o marco onde haverá a passagem oficial de um Estado para o outro”, disse.
o diplomata são-tomense informou terem tomado conhecimento de vários dossiês, muitos dos quais iniciados pela presidência angolana. “E como não podia deixar de ser, terão continuidade com a presidência são-tomense. Tivemos aquela disponibilidade de Angola que foi manifestada em continuar a trabalhar connosco para que a nossa presidência possa ser uma presidência também com muito sucesso”, sublinhou, citado pela Lusa.
A cerimónia de passagem gradual da presidência de Angola acontece cerca de um mês antes de São Tomé e Príncipe acolher a XIV Conferência de Chefes de Estado e de Governo da CPLP.