Angola já é membro observador da OIF

A adesão oficial de Angola enquanto membro observador da Organização Internacional da Francofonia (OIF) foi formalizada no último sábado, dia 5, em Paris, no âmbito da 19.ª Cimeira dos países membros, após cinco anos da sua candidatura à francofonia.
“Esta candidatura reflecte o compromisso de Angola com o reforço da cooperação internacional e o desejo de participar mais activamente nas iniciativas de promoção da língua e da cultura francesa, fundamentais para o desenvolvimento global da educação e da diplomacia cultural”, segundo um comunicado de imprensa da Embaixada de Angola em França.
A Cimeira da Francofonia “reforça os laços entre os países membros e candidatos, como Angola, e destaca a importância da língua e cultura francófonas no cenário global, sendo também uma plataforma importante para o diálogo, cooperação e intercâmbio em várias áreas, como a educação, o desenvolvimento sustentável e os direitos humanos”.
Na sexta-feira, dia 4, a delegação angolana, liderada pela ministra de Estado para a Área Social, Maria do Rosário Bragança, participou na cerimónia de abertura da cimeira na cidade Internacional da Língua Francesa em Villers-Cotterêts, 60 quilómetros a norte de Paris, acompanhada pela embaixadora de Angola em França, Guilhermina Prata.
A OIF, é um organismo de defesa e promoção da democracia e do Estado de direito, inclui uma grande parte dos países da África Ocidental e Central, antigas colónias francesas.
A francofonia agrupava até agora 88 países, como a República Centro-Africana, o Senegal e a República Democrática do Congo, com a qual Angola partilha mais de 2500 quilómetros de fronteira. Entretanto, três países foram suspensos devido a golpes de Estado que conduziram a regimes militares: Mali, Burquina Faso e Níger.
Como o Gana e o Chipre, membros associados, passaram a membros oficiais, o número total de países da OIF aumentou para 93 com a adesão de Angola e mais quatro novos membros observadores: Polinésia Francesa, Chile, Sarre (Alemanha) e Nova Escócia (Canadá).
Angola, que se junta como membro observador numa cerimónia no Grand Palais, em Paris, era o único país lusófono, a par de Moçambique, em África, que não era membro, uma vez que Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe são membros de pleno direito da OIF.