Angola defende multilateralismo nas relações internacionais

Angola defendeu, esta segunda-feira, em Nova Iorque, na Assembleia Geral da ONU, a importância do multilateralismo e da cooperação internacional mutuamente vantajosa.

No debate geral da 77ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, a chefe da delegação angolana, Maria de Jesus Ferreira, disse tratar-se de uma cooperação com benefícios nas relações entre os Estados.

“Entendemos que desta forma poderemos contribuir efectivamente para a busca de soluções de consenso na resolução de crises políticas, económicas, sociais e culturais”, afirmou a diplomata.

A também Representante Permanente da Missão de Angola junto das Nações Unidas referiu que Angola continua a desenvolver esforços para contribuir para a paz e estabilidade no continente africano, e na sua sub-região, em particular.

Adiantou que, nas vestes de presidente da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL), Angola não tem medido esforços em contribuir para a paz e a estabilidade na região.

A título de exemplo, apontou os esforços de Angola, sobretudo, na pacificação do conflito na República-Centro Africana (RCA) e na resolução do diferendo fronteiriço entre o Rwanda e a RD Congo, bem como entre o Uganda e o Rwanda.

A embaixadora expressou o compromisso de Angola continuar a trabalhar com as Nações Unidas e a União Africana na pacificação e busca de consensos, por forma a dirimir conflitos.

Maria de Jesus Ferreira disse tratar-se de consensos com o foco na obtenção de uma cultura de paz, de segurança e de estabilidade a nível da SADC, CEEAC, CIRGL, assim como no Golfo da Guiné e em outras organizações regionais.

Levantamento de embargos

A chefe da delegação angolana apelou ao levantamento do embargo de armas à RCA, económica a Cuba, bem como à reforma do Conselho de Segurança da ONU.

“No geral, Angola defende o levantamento de todas as Sanções Unilaterais ou medidas coercivas impostas contra as populações do Zimbabwe, Venezuela e outros sem mandato do Conselho de Segurança”, precisou.

Quanto à agenda de Desenvolvimento Sustentável, incluindo a Agenda 2063 da União Africana sobre o ambiente, sublinhou que Angola está alinhada com o consenso internacional sobre o assunto.

No quadro dessa estratégia, notou que Angola aprovou a Estratégia Nacional de mudança climática e educação ambiental e planeia atingir a meta de 70% de energia proveniente de fontes não poluentes até 2025.

Na presença do secretário-geral da ONU, António Guterres, a embaixadora de Angola anunciou a realização no seu país da 10ª Cimeira da Organização dos Estados da África, Caraíbas e Pacífico (OEACP) de 6 a 10 de Dezembro de 2022.

 

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