Angola cumpre o papel diplomático nas organizações internacionais
O ministro das Relações Exteriores, Téte António, afirmou, terça-feira, na cerimónia de abertura do IX Conselho Consultivo Alargado, que Angola tem assumido as suas responsabilidades internacionais, através da acção nas organizações de carácter global e regional.
O chefe da diplomacia angolana apontou a proclamação do Chefe de Estado, João Lourenço, como Campeão para Paz e Reconciliação em África, pela União Africana, um marco de reconhecimento que engrandece o país e, particularmente, a acção diplomática.
Durante o encontro subordinado ao tema “O MIREX e a Acção Diplomática Angolana no actual Contexto Internacional: Desafios e Perspectivas”, a decorrer na Academia Diplomática Venâncio de Moura, Téte António disse, a propósito, que Angola assumiu a presidência da CIRGL, CPLP, OEACP e, dentro de poucos meses, deverá, igualmente, liderar a SADC.
Paralelamente a isso, recordou que, por ocasião da tomada de posse dos embaixadores, na recente rotação de quadros, o Presidente João Lourenço reiterou “a necessidade do reforço da acção nos domínios da Diplomacia Económica, na Elevação do Prestígio de Angola e na Promoção do Turismo”.
“Temos estado a assistir um mundo que vive um momento de reconfiguração geopolítica, com uma tendência de mobilidade do centro de equilíbrio do Sistema Internacional. Neste sentido, senhor Presidente, trazemos aqui, todos os quadros que representam o país no exterior e auxiliam a vossa acção diplomática para a concretização da Estratégia de Política Externa”.
Sobre o Conselho Consultivo Alargado que reúne embaixadores, cônsules e altos funcionários do Ministério, disse realizar-se num contexto singular, quer no plano da organização interna da instituição quer a nível internacional.
Quanto à organização interna, o governante destacou a figura da nova secretária de Estado para reforçar a eficácia e eficiência do Ministério em matérias de Administração, Finanças e Património.
Para o chefe da diplomacia angolana, o surgimento desta nova figura vem reforçar a capacidade institucional nos domínios da Gestão do Capital Humano e na contínua elevação da probidade de todos os órgãos do Departamento Ministerial.
O ministro salientou que a rede diplomática e consular de Angola vem de um mandato que se viu forçada a actuar perante desafios resultantes da crise económica que o país viveu e agravada com o surgimento da pandemia da Covid-19.
Na perspectiva do cumprimento das orientações baixadas em sede da Reunião de Embaixadores, em Maio de 2018, o VIII Conselho Consultivo Alargado do Ministério das Relações, realizado de 19 a 20 de Junho de 2019, centrou-se na “reforma e na formação como alavancas para o futuro”.
As conclusões saídas deste encontro, reforçou, levaram ao processo de redimensionamento com o encerramento de Embaixadas e Postos Consulares, bem como a redução do pessoal, por um lado, e a abertura de missões diplomáticas e consulares, por outro.
Nesta conformidade, prosseguiu, o Ministério das Relações Exteriores iniciou, também, o processo paulatino de transição geracional, com a passagem para a reforma de um considerável número dos mais destacados diplomatas que representaram o país em várias frentes.
No que diz respeito à formação e capacitação de quadros, sublinhou que, desde o mandato passado, o Ministério tornou obrigatória a frequência de cursos na Academia Diplomática de todos os funcionários das missões diplomáticas e consulares do topo à base.
“Neste momento, decorre o curso de capacitação para primeiros, segundos e terceiros secretários e, tão logo termine este Conselho Consultivo, iniciará a formação dos embaixadores recentemente nomeados, incluindo os seus cônjuges”, reiterou.