Banco Económico torna-se integralmente privado
O Banco Económico passou a ser detido exclusivamente pelo Económico – Fundo de Capital de Risco de Subscrição Particular, integrado pelos maiores depositantes, e aumentou o capital social em 636 milhões de euros, foi hoje anunciado.
Em resultado, acrescenta-se no comunicado, o BE tornou-se integralmente privado, sendo o seu acionista único uma entidade regulada, “o que representa um maior alinhamento com as exigências regulatórias atuais”.
Segundo o jornal Expansão, são 40 os depositantes que aderiram ao acordo que permite utilizar 65% dos seus depósitos para recapitalizar o banco, criado na sequência da falência do Banco Espírito Santo Angola (BESA), em 2014.
Além do aumento de capital, e tal como previsto nas medidas do Plano de Recapitalização e Reestruturação aprovadas pelo Banco Nacional de Angola (BNA), a reposição dos fundos próprios foi realizada pela emissão de Títulos de Participação Perpétuos (TPP), com a equivalência deste instrumento a fundos próprios principais.
A emissão dos TPP e o aumento do capital social nos montantes de, respetivamente, 121.196 milhões de kwanzas (284 milhões de euros) e 271.500 milhões de kwanzas (636 milhões de euros), já foram integralmente realizados, refere a nota de imprensa do banco.
Estão em curso “medidas complementares de recapitalização” que preveem um total de fundos próprios regulamentares de 110.917 milhões de kwanzas (260 milhões de euros), para que o BE apresente rácios de solvabilidade em linha com as exigências regulamentares.
O novo acionista deliberou também a nomeação dos novos órgãos sociais para o triénio de 2022 a 2024, que terão Pedro Cruchinho, como Presidente do Conselho de Administração, e Carlos Duarte, como Presidente da Comissão Executiva.