Vitória de atleta chinês na meia-maratona de Pequim está a ser investigada

Os organizadores da meia-maratona de Pequim iniciaram uma investigação após a suspeita vitória do atleta chinês He Jie na competição realizada no domingo, dia 14. O corredor chinês venceu com o tempo de 1:03:44, mas as imagens da chegada suscitaram grandes dúvidas, após os três corredores africanos que lideravam a prova até os últimos metros, os quenianos Keter e Mnangat e o etíope Hailu, incentivaram Jie a ultrapassá-los para que ganhasse a corrida.

He Jie, campeão da maratona nos Jogos Asiáticos de 2023, ganhou por um segundo, após os africanos diminuírem aparentemente o seu ritmo para cruzar a linha de chegada em segundo, terceiro e quarto lugares, respectivamente. “Estamos a investigar e anunciaremos os resultados ao público assim que estiverem disponíveis”, revelou, sob anonimato, uma fonte Ministério dos Desportos à agência France Press.

Um dos atletas, o queniano Mnangat, admitiu ao jornal ‘South China Morning Post’ que deixou He ganhar porque ele é seu “amigo”. As imagens tornaram-se virais nas redes sociais, onde muitos fãs descreveram a chegada do atleta local como “vergonhosa”. He Jie faz parte da equipa chinesa que irá competir nos Jogos de Paris, sendo recordista nacional chinês de maratona.

Mas esta não é a primeira vez que uma competição de meia-maratona ou maratona é investigada por atitudes antidesportivas de alguns dos seus participantes. Em 2018, por exemplo, 258 corredores da meia- maratona de Shenzhen foram filmados a encurtar o percurso.

Também na maratona do México no ano passado, a organização decidiu desqualificar 11.000 corredores cujos ‘chips’ mostraram no final da prova que não haviam completado o percurso de 42,195 quilómetros.

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