UNACA garante colheita acima das expectativas
A Confederação das Associações de Camponeses e Cooperativas Agro-pecuárias de Angola (UNACA), em Luanda, garante que, este ano agrícola, serão colhidas 50 mil toneladas de produtos diversos, com destaque para o tomate.
Segundo o presidente da Direcção Executiva da UNACA na província de Luanda, José dos Santos, o último trimestre do ano Agrícola 2023-2024 tem estado a registar uma produção significativa relação ao período 2022/2023, e primeiro semestre do corrente ano.
José dos Santos reconheceu que, no início do ano agrícola, as famílias camponesas registaram grandes prejuízos na produção, fruto das chuvas torrenciais que obrigou o Governo a abrir as comportas para evitar danos maiores.
Embora se registaram estes constrangimentos, José dos Santos garantiu que as famílias conseguiram recuperar parte da sua produção no segundo semestre e com maior ênfase neste último trimestre. José Santos garantiu que nos cinco municípios da província de Luanda, a produção de várias culturas é contínua, principalmente em Cacuaco, Quissama e Belas, que registam grande área de cultivo com uma previsão de colheita até ao próximo mês de Outubro.
Relativamente à colheita de tomate, um produto que nesta época está em grande escala, José Santos garantiu que a estimativa de colheita para este último trimestre é de 25 mil toneladas, “caso não haja constrangimentos ao longo da jornada”.
Na província de Luanda, frisou, a agricultura é diversificada, desde hortícolas, tubérculos, frutícola, com maior destaque, para a produção de cebola, tomate, pimenta, pepino, beringela, jimboa, quiabo, rama de batata, couve, batata-doce, batata -rena, nabo, beterraba, jindungo, entre outros produtos.
Embora os associados produzam de tudo um pouco, com maior ênfase, à cultura do tomate, deve haver mais apoio financeiro para o aumento da produção.
“Dizem que na província de Luanda não se produz, essa afirmação não condiz com a verdade, porque produzimos sim”, defendeu José dos Santos que acrescentou, para que a província de Luanda atinja o maior número de produção para atender o mercado interno e outras regiões é necessário mais incentivos financeiros e insumos agrícolas para as famílias, principalmente, as residentes nas comunidades locais produtoras com recursos próprios.
Indústrias transformadoras
Com a recuperação dos níveis de, José dos Santos defende que chegou a hora de se investigar em pequenas indústrias de transformação dos produtos, uma forma também, de conservar os produtos quando não há meios de escoamento.
O produto como o tomate, destacou, é urgente que tenha indústria de transformação para compotas, porque o país produz em grande escala, que quando não há condições para a comercialização, estraga no campo. Um dos principais constrangimentos, segundo José dos Santos é a época chuvosa, que para o produtor, chega a ser uma fase mais difícil de se produzir tomate. No tempo de cacimbo, acrescentou, a produção é superável e em grande escala, que necessita de transformação.
Com os grandes níveis de produção, José dos Santos informou que actualmente, o preço da caixa do tomate baixou de 38.000 para 7.000 kwanzas.