Surto de cólera fez 32 mortos desde Outubro em Moçambique

As autoridades sanitárias moçambicanas registaram 14.712 casos de cólera em cinco meses, que provocaram durante o actual surto 32 mortos, indicam dados oficiais, a que a agência Lusa teve esta segunda-feira, dia 1, acesso.

De acordo com o mais recente relatório sobre a progressão da doença, elaborado pelo Ministério da Saúde e com dados de 1 de Outubro de 2023, início do actual surto, até 31 de Março de 2024, trata-se de uma taxa de letalidade que se mantém em 0,2%.

À data de 31 de Março estavam internados em unidades sanitárias do país 36 doentes com cólera. Em declarações anteriores à Lusa, o chefe do Programa Alargado de Vacinação do Ministério da Saúde, Leonildo Nhampossa, avançou que foram vacinadas contra a cólera, em quatro províncias, entre 8 e 12 de Janeiro, 2.268.548 pessoas, com mais de 1 ano de idade.

O grupo-alvo desta operação de vacinação era de 2.271.136 pessoas, correspondente à população que vive nas áreas mais vulneráveis e de foco para o actual surto, referiu anteriormente o Ministério da Saúde.

Refira-se que a cólera é uma doença, tratável, que provoca fortes diarreias e que pode provocar a morte por desidratação se não for prontamente combatida. A doença, também chamada popularmente de “mãos sujas”, é causada, em grande parte, pela ingestão de alimentos e água contaminados por falta de redes de saneamento.

Em Maio passado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que o mundo terá um défice de vacinas contra a cólera até 2025 e que mil milhões de pessoas de 43 países podem ser infectadas com a doença, apontando, já em Outubro, Moçambique como um dos países de maior risco.

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