Ruanda e Moçambique a uma só voz no combate ao terrorismo
Ruanda e Moçambique parecem continuar alinhados no que respeita à guerra contra o terrorismo
em Cabo Delgado. Esta voz única ficou mais uma vez patente na última cimeira dos Chefes de Estado
da União Africana, que teve lugar em Adis Abeba, na Etiópia, no último fim de semana.
À margem da cimeira, o Presidente do Ruanda, Paul Kagame, e o seu homólogo moçambicano, Filipe
Nyusi, reuniram-se bilateralmente, tendo o primeiro prometido continuar a apoiar militarmente
Moçambique contra o terrorismo islâmico que assola o extremo norte do país desde Outubro de
2017.
Falando aos jornalistas no seu regresso a Maputo no sábado, Nyusi deixou claro que, enquanto as
Forças de defesa e segurança moçambicanas procuram aumentar a capacidade de combate ao
terrorismo, as forças ruandesas permanecerão em Cabo Delgado. “Um dos pontos que temos
discutido é a sustentabilidade das Forças Armadas moçambicanas (FADM) e polícia”, acrescentou
Nyusi.
Esta abordagem visa garantir que, quando os ruandeses saírem, as forças armadas e a polícia
moçambicanas poderão garantir plenamente o cumprimento dos desafios colocados ao sector da
defesa e segurança.
Enquanto se reforça a capacidade própria dos moçambicanos, as tropas ruandesas lutam lado a lado
com as FADM no combate ao terrorismo e outras ameaças à soberania moçambicana.
Coincidentemente a promessa de Kagame, surge imediatamente após a União Europeia garantir
publicamente os primeiros 20 milhões USD de apoio às operações ruandesas em Moçambique.