Presidentes João Lourenço e Félix Tshisekedi voltam a abordar situação na RDC
Os Presidentes João Lourenço e Félix Tshisekedi voltaram a encontrar-se, ontem, em Luanda, para analisar o estado actual do processo de pacificação no Leste da República Democrática do Congo (RDC), uma semana depois de terem falado ao telefone sobre a evolução do caso, com realce para o acantonamento das forças do M23.
O encontro, realizado à porta-fechada e sem declarações à imprensa, aconteceu numa altura em que o país está preparado para o envio de um Contingente Militar de apoio às Operações de Manutenção da Paz e asseguramento das áreas de acantonamento do M23.
O Presidente da RDC, Félix Tshisekedi, chegou a Luanda por volta das 12h00 e deixou a capital angolana, ainda ontem, às 15h00. Antes do encontro, os dois Chefes de Estado mantiveram um outro, também em Luanda, a 18 de Março, para analisar, igualmente, a situação no Leste da RDC.
No final do encontro anterior, o ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Furtado, avançou à imprensa que o encontro entre os dois estadistas “foi bastante positivo” e visou os acertos relacionados com a confirmação, pela RDC, do engajamento na criação de condições para as áreas de aquartelamento, de modo a permitir, num prazo razoável, que se esteja em condições de dar continuidade ao processo de implementação do Mecanismo Ad-Hoc e, também, da movimentação do contingente angolano para aquele país vizinho.
Francisco Furtado deu a conhecer, na ocasião, que a situação, naquela altura, no terreno, continuava a ser a preocupação do Governo da RDC em relação à necessidade de haver um engajamento de todas as partes, isto é, do Estado congolês, do Rwanda e do M23, no que diz respeito ao cumprimento da cessão das hostilidades.
Francisco Furtado informou que uma delegação do Mecanismo de Observação Ad-Hoc, criado no quadro da aprovação do Roteiro de Luanda para a paz no Leste da República Democrática do Congo, se encontrava, na altura, naquele país a apurar as condições de instalação do continente de paz angolano.
O ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República fez saber que essa delegação do Mecanismo de Observação Ad-Hoc, que integra oficiais do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas (FAA), da RDC e do Rwanda, deslocou-se àquele país a fim de realizar visitas às áreas previstas para o acantonamento das tropas, para, depois, produzir um relatório a partir do qual se poderia ver uma data exacta do início do engajamento do contingente angolano na missão do Leste da RDC, acrescentando que a movimentação estava a aguardar pela confirmação da existência dessas condições.