Preço do petróleo cai mais de 3%
Os preços do petróleo estão a cair pela terceira sessão consecutiva, depois de o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ter-se comprometido a não atacar instalações petrolíferas ou nucleares iranianas junto da administração de Joe Biden.
De acordo com o jornal ‘Washington Post’, Netanyahu disse ao Presidente norte-americano que Israel vai apenas atacar alvos militares iranianos, em retaliação ao ataque de 1 de Outubro a solo israelita. O compromisso assumido através de uma conversa telefónica está a acalmar os investidores, que receavam um ataque às infra-estruturas petrolíferas iranianas, o que iria fazer disparar os preços do crude no mercado internacional.
O West Texas Intermediate (WTI) – de referência para os Estados Unidos da América – cai 3,59% para os 71,18 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a desvalorizar 3,54% para os 74,72 dólares por barril.
Os preços do petróleo têm andado numa autêntica montanha-russa nas últimas semanas, acompanhando o adensar das tensões no Médio Oriente. “Um ataque de menor dimensão ao Irão por parte de Israel reduz riscos de abastecimento de petróleo e, em consequência, reduz a necessidade de um prémio de risco geopolítico”, afirmou Dominic Schnider, responsável pelo departamento de matérias-primas da UBS Global Wealth Management, à Bloomberg. “Também traz à tona antigas preocupações com a procura”, concluiu.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) reduziu as suas previsões de crescimento da procura mundial de petróleo para 2024-25 e este impacto começou logo a fazer sentir-se nos preços do petróleo de segunda-feira, dia 14. O relatório mensal da OPEP para Outubro prevê uma procura mundial de petróleo de 104,1 milhões de barris por dia em 2024 (mais 1,9 milhões de barris por dia que em 2023), mas menos cerca de 106 mil que a estimativa anterior.