País vai poupar 600 milhões de dólares com a redução de importação

Angola poderá poupar com a diminuição de importação de soros fisiológicos, seringas genéricos hospitalares e frango de corte.

A estimativa foi divulgada ontem, em Luanda, pelo ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano João, após a cerimónia de assinatura do Contrato de Decência para a Exploração da Indústria Farmacêutica, entre a ZEE e a empresa Jampur Internacional FZE, com sede no Dubai, que prevê a abertura de quatro unidades fabris em Luanda, (três voltadas para a produção de medicamentos e a quarta para frango de corte), num investimento inicial de 10 milhões de dólares.

Segundo Mário Caetano João, Angola importa soros fisiológicos, seringas e genéricos hospitalares em grande quantidade, representando uma despesa anual de “aproximadamente 300 a 400 milhões de dólares”, ao passo que com importação de aves, sobretudo, frango de corte o “país gasta aproximadamente 300 milhões de dólares”

A cerimónia de assinatura para a implantação das indústrias foi formalizada pelo presidente da ZEE, Manuel Pedro, e pelo presidente do Conselho de Administração da Jampur Internacional FZE, Mohammad Schafiq.

Visivelmente satisfeito, Mohammad Schafiq afirmou que, com o início da produção nessas fábricas, dentro de dois a três anos, Angola não precisará mais importar soros fisiológicos, seringas e medicamentos genéricos hospitalares, inclusive frango de corte, pois a meta é produzir o suficiente para atender ao mercado interno” atirou.

Segundo Mohammad Schafiq o soro fisiológico, seringas e medicamentos genéricos hospitalares “começam a entrar para o mercado angolano entre o primeiro e o segundo trimestres de 2024, enquanto o frango de corte já está a ser desenvolvido desde Setembro do corrente ano. ” O objectivo é produzir, numa primeira fase, 15 mil aves e em 2024 atingir-se dez milhões de aves, ano”, frisou.

Por sua vez, o presidente da ZEE, Manuel Pedro, assegurou que as obras das fábricas já estão terminadas “com grande parte dos equipamentos montados”.

Mário Caetano João afirmou que a empresa Jampur está a investir de acordo com o Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN), com ênfase em duas áreas importantes: “o desenvolvimento do capital humano com foco na Educação, Saúde e Segurança Alimentar.

Segundo o ministro da Economia e Planeameno, o projecto avícola está avaliado em cerca de 50 milhões de dólares, mas o investimento que “poderá ultrapassar esse valor caso seja necessário”.

“Além de abastecer o mercado interno, o país também poderá exportar para os países vizinhos, principalmente dentro da comunidade económica regional, como a Zona de Livre Comércio Continental, entre outras regiões das quais Angola é membro”, admitiu Mário Caetano João”.

1000 empregos

Com a certeza de que a produção de produtos farmacêuticos e de frango de corte vão permitir “o país ser auto-suficiente a nível do mercado”, Mário Caetano João detalhou que as unidades fabris vão oferecer, juntas, mil postos de trabalho

“O nosso foco é fazer que cerca de 10% sejam destinados às comunidades vulneráveis, cidadãos que nasceram e cresceram em orfanatos, incluindo, portadores de deficiência, comunidades dos albinos, entre outras classes”, frisou o ministro.

Notícias relacionadas
Comentários
Loading...