OMS alerta para o surgimento de doença mais mortal que a Covid-19
No congresso anual da Organização Mundial de Saúde, as preocupações incidiram sobre o risco do surgimento de novas variantes ou doenças ainda mais mortais que a Covid-19. E até há um acordo pandémico em cima da mesa.
Apesar de já andarmos a viver a nossa vida normal há algum tempo, a pandemia deixou de ser considerada uma emergência global, oficialmente, no início do mês de Maio. Contudo, o director-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou que devemos estar preparados para uma doença ainda mais mortal que a Covid-19.
O líder da OMS, no congresso anual da organização, que decorreu em Genebra, na Suíça, relembrou os esforços feitos pelas comunidades internacionais para travar a pandemia e recordou ainda os danos causados pela mesma a todos níveis. E ainda que já pareçam uma realidade distante, ainda deixou explícito que não descartava a possibilidade de vir a aparecer uma nova variante, de acordo com o “Daily Mail”.
“A ameaça do surgimento de outra variante que cause novas formas de doença e mortes permanece. A ameaça do surgimento de outro agente patogénico com ainda mais potencial mortal permanece”, explica Tedros Adhanom Ghebreyesus. Apesar de nenhuma doença específica ter sido nomeada, a Doença X, o nome dado a um agente patogénico devastador ainda por descobrir, está na lista de ameaças prementes da OMS, segundo a publicação britânica.
A par desta, a OMS identificou nove doenças que representam o maior risco para a saúde pública – e foram assim nomeados pelo facto de ou não terem tratamento ou pela sua capacidade de causar uma pandemia. A Covid está na lista, assim como a febre hemorrágica da Crimeia-Congo, doença transmitida por carraças que se alimentam do sangue de coelhos, lebres, aves, vacas, veados, javalis e cavalos. A estas juntam-se os vírus Ébola e Zika, por exemplo, segundo a mesma publicação.
Tendo isto em conta, um dos outros tópicos que foram abordados (e recomendados, nos fundos) nesta assembleia foi a criação de um acordo pandémico entre toda a comunidade internacional. Isto porque, de acordo com o diretor-geral da OMS, este seria o ponto de partida de um sistema mundial bem preparado para o surgimento de novas pandemias.