Nyusi destaca sucesso de cimeira com Portugal

O Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, considerou hoje que a V Cimeira Luso-Moçambicana, que decorre em Maputo, está a ser produtiva e anunciou que o próximo encontro entre os dois países vai realizar-se em Lisboa.

Em conferência de imprensa conjunta, após se ter reunido com o primeiro-ministro português a propósito da V Cimeira Luso-Moçambicana, o chefe de Estado fez um balanço positivo dos trabalhos até agora.

“Fazendo um balanço rápido diria que está a ser produtivo, o trabalho ainda continua, estamos a ter sucessos durante a visita”, afirmou.

De acordo com Filipe Nyusi, “houve debates profundos, abertos e honestos” e foi possível consolidar a cooperação entre os dois países.

Na sua intervenção inicial, após a assinatura de seis acordos bilaterais, o Presidente da República moçambicano anunciou que “a VI cimeira bilateral terá lugar em Portugal”, mas sem anunciar datas.

Filipe Nyusi agradeceu a Portugal a ajuda “nos momentos difíceis”, como os ciclones que regularmente atingem o país, o combate ao terrorismo ou a pandemia de covid-19, e apontou que a cooperação entre os dois países “está a prosperar”.

O chefe de Estado referiu também que o primeiro-ministro irá na sexta-feira visitar os militares portugueses que estão a treinar as forças moçambicanas no âmbito da missão da União Europeia e deixou um pedido.

“Os apoios materiais seriam fundamentais para o combate ao inimigo, para apoiar esses jovens que estão bem treinados mas precisam de, no terreno, dar o seu contributo com algum equipamento moderno”, defendeu, apontando que o terrorismo é “uma questão imprevisível” e “sem fronteiras”.

Apontando que a União Europeia e Portugal estão a “entregar o anzol ao moçambicano para poder pescar muitas vezes”, o Presidente assegurou que “em qualquer momento em que existir terrorismo”, o país terá condições de o enfrentar.

A nível económico, Nyusi adiantou que o país vai “continuar a privilegiar as parcerias público-privadas” e defendeu que o sector privado produtivo “precisa de ser facilitado” e apelou à dinamização dos investimentos de empresas portuguesas em Moçambique.

“A este respeito, referi o pacote de medidas de motivação para acelerar a economia em Moçambique, pensamos que é uma oportunidade para Portugal explorar porque facilita o sector privado, na consciência de que o sector privado é que pode dinamizar as nossas economias”, assinalou.

E apontou que o primeiro-ministro português vai visitar na sexta-feira, segundo e último dia da sua visita oficial a Moçambique, a Facim (Feira Internacional de Maputo) e intervir na abertura do fórum de negócios “como forma de dar força, apoiar o sector privado e produtivo e valorizar o papel do empresariado dos dois países”.

 

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