MPLA: A união que ninguém quebra

União tem sido a palavra de ordem no MPLA, apesar de, como em todos os partidos no mundo, nem sempre haver concordância total entre as diversas gerações e sensibilidades. O M está mais unido do que nunca, a uma semana das eleições que vão saldar-se por mais uma vitória, de Cabinda ao Cunene, da Costa ao Leste. Tal como Angola, o MPLA é um só Povo e uma só Nação.

Por Jules Paiva

As lideranças têm desempenhado bem esse papel de união, porque o que importa é o projecto global para o País – e esta é uma das diferenças mais acentuadas entre o MPLA e oportunistas de origem estrangeira que querem parecer aquilo que não são: patriotas.

José Eduardo dos Santos uniu e manteve o partido unido após suceder a António Agostinho Neto, apesar das marcas do 27 de Maio, o que constitui uma prova de força de todo um partido. E projectou um novo MPLA, passando o testemunho a João Lourenço. Este, por sua vez, manteve o M uno e a uma só voz, ainda que nem sempre esta realidade agrade a quem está de fora e deseja que o partido perca força.

Quem observa a realidade angolana há anos sabe que é assim. Agora, em tempo de campanha eleitoral, a morte de José Eduardo dos Santos é usada por muitos para tentar dividir o partido, mas o resultado é o oposto.

Mas, no MPLA, a união é o que prevalece, sobretudo nos momentos mais difíceis – como este.

Aqueles que, cinicamente, acusam JLo de querer tirar dividendos políticos ao dedicar a JES a vitória estrondosa que o MPLA vai ter no dia 24, são os mesmos que, se o Presidente do partido e do País não anunciasse a intenção de lhe prestar a homenagem devida, iriam acusá-lo de ignorar a importância do Arquitecto da Paz.

Estudiosos de Angola sabem bem que é assim. É o caso do director do programa África na Chatham House, Alex Vines, que lembrou hoje, em declarações à Lusa, que, ainda que possa haver divisões ainda “por sarar” no MPLA, o objectivo de vencer as eleições e prosseguir o programa de que Angola precisa, reforça a união. “Há consenso quanto a isso” e os resultados eleitorais não serão afectados, diz.

Hoje, os militantes do partido, mais do que nunca, sabem que a união faz a força, e que a morte de JES está a ser aproveitada sim, mas pela oposição do “vale-tudo-para-ganhar”, que vê, mais uma vez, a possibilidade de vitória fugir-lhe por entre as mãos

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