Mais emprego para os jovens

O Governo angolano continua a envidar esforços para reduzir o nível de desemprego e promover a empregabilidade.
Em 2020, lançou o Plano de Acção para a Promoção da Empregabilidade (PAPE), que visa fomentar e apoiar o espírito de iniciativa dos empreendedores, fundamentalmente dos jovens e mulheres; valorizar o exercício das profissões, através da atribuição de carteiras profissionais; e dar oportunidade de estágios aos cidadãos recentemente formados.
O surgimento de micro e pequenas empresas, através da atribuição de microcréditos, kits e ferramentas de trabalho, bem como a melhoria do respectivo ambiente de prestação de serviço, são, igualmente, propósitos do PAPE.
Os resultados da aplicação do plano e de outras políticas têm sido positivos. A taxa de desemprego no país fixou-se em 30,5 por cento no primeiro trimestre de 2021, uma redução de 1,5 pontos percentuais face ao período homólogo, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). A população desempregada, estimada em 4.744.020 pessoas com 15 ou mais anos, diminuiu em 0,1 pontos percentuais (3.602 pessoas), em relação ao trimestre anterior.
No primeiro trimestre do ano em curso, a taxa de emprego em Angola apresentou uma subida de 2,0 por cento. Os números do INE revelam, também, que, no mesmo período, se registou um recuo de 6,5 por cento na taxa de desemprego na população com 15 ou mais anos de idade.
Obviamente que é preciso fazer mais. Por isso, o Executivo trabalha para melhorar as actuais taxas.
O Conselho Nacional da Juventude (CNJ), maior plataforma de associações juvenis no país, apoia as acções do Governo ligadas à juventude, em que a empregabilidade é das prioridades, se se tiver em conta que grande parte da população, a maioria da qual jovens, é desempregada.
Na segunda-feira, por exemplo, o Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS) e o Conselho Nacional da Juventude (CNJ) rubricaram, em Luanda, um acordo de cooperação que visa criar, até 2024, aproximadamente 400 mil postos de trabalho directos e indirectos. Os beneficiários deverão ser jovens filiados em cooperativas envolvidas em projectos agrícolas, de pescas, aquicultura e pecuária.
Além disso, o CNJ anunciou, para Abril do próximo ano, a inauguração de um centro de formação de líderes juvenis, devendo o MAPTSS apoiar na formação de jovens e na distribuição de kits, garantindo assim a realização do sonho de jovens empreendedores e de técnicos profissionais.
Com a execução de iniciativas como estas, o balanço a ser feito daqui a cinco anos no quesito empregabilidade só poderá ser positivo.