Líder da CEAST apoia proposta de Divisão Político-Administrativa

O presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), Dom José Manuel Imbamba, considera positiva a proposta do Executivo sobre a nova Divisão Político-Administrativa (DPA), que poderá dinamizar o desenvolvimento e melhorar a qualidade de vida das populações.

Em declarações à imprensa, no final de uma audiência que lhe foi concedida pelo governador provincial do Moxico, Ernesto Muangala, o prelado exemplificou a divisão administrativa da província do Moxico, a maior do país em termos de extensão territorial (com 223 mil 023 quilómetros quadrados), como uma via que trará valências para o desenvolvimento da região.

“Essa medida vai oferecer mais serviços e oportunidades para que as comunidades longínquas se sintam ligadas e próximas dos serviços sociais básicos”, sustentou.

Dom José Imbamba, igualmente arcebispo metropolita de Saurimo, defendeu a necessidade de se manter o diálogo permanente entre as diferentes instituições do Estado para a resolução dos problemas do país e se garantir o bem-estar das comunidades. No encontro com o governador reiterou a pretensão da Igreja Católica de criar a Diocese de Cazombo, no município do Alto-Zambeze, para permitir maior administração da região e consequente “retirada do isolamento em que se encontra”. Por seu turno, o governador Ernesto Muangala destacou a “boa parceria” existente entre o Estado e a Igreja na resolução dos problemas sociais que afectam a população.

A proposta da Divisão Político-Administrativa prevê a alteração do modelo de municipalidade do Estado, aprovado pelo Conselho de Ministros, com a divisão das províncias do Cuando Cubango e do Moxico em duas cada, perfazendo, assim, vinte (20) províncias e o aumento de 164 para 581 municípios. A proposta prevê criar para a província do Moxico 19 municípios e para Cassai Zambeze, a provável nova província, 11 jurisdições.

A Nova Divisão Político-Administrativa do país tem por objectivo promover o desenvolvimento harmonioso do território nacional. A mesma deverá seguir para o Parlamento após a aprovação da sua versão final pelo Conselho de Ministros.

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