Guiné-Equatorial insurge-se contra resolução do Parlamento Europeu

O Vice-Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Nguema Obiang Mangue, rejeitou uma resolução do Parlamento Europeu que considera as autoridades equatorianas responsáveis pela morte do líder da oposição Julio Obama Mefuman.

“O governo da Guiné Equatorial rejeita veementemente as acusações infundadas feitas pelo Parlamento Europeu (PE) relativamente às alegadas violações dos direitos humanos no nosso país, através da sua infeliz resolução”, disse Obiang Mangue, num post na sua conta do Twitter.

Numa série de posts, Obiang Mangue, que é filho do Presidente da República, acusou o PE de recorrer a um “discurso colonial e paternalista” e de desacreditar as instituições equatorianas e os seus representantes.

Julio Mefuman, 51 anos, de nacionalidade espanhola e membro do Movimento de Libertação da Terceira República da Guiné Equatorial (MLGE3R) na oposição, foi acusado pelas autoridades de conspirar para derrubar o governo.

De acordo com o MLGE3R, em 2019, Mefuman e três outros dissidentes foram atraídos para o Sul do Sudão sob falsos pretextos, tendo depois voado à força para a Guiné- Equatorial, onde foram torturados por alegadamente estarem implicados num golpe de estado para derrubar o Obiang.

A 16 de Janeiro último, o Ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Equatorial, Simeon Oyono, declarou que Mefuman tinha morrido num hospital na cidade oriental de Mongomo, na província de Wele-Nzas, como resultado de uma doença de que padecia.

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