Grupo Raxio chega a Angola com a construção do primeiro centro de dados de nível 3
O grupo pan-africano Raxio anunciou hoje que vai construir em Angola o primeiro centro de dados com três níveis de redundância (Tier III) do país, com funcionamento previsto para fevereiro de 2024.
Segundo a empresa, em comunicado enviado hoje à Lusa, a “Raxio Angola”, com instalações localizadas no município angolano de Cacuaco, Luanda, contará com um data center com capacidade de autonomia energética e redundância na proteção de dados que tornam o sistema o mais avançado do país e ao nível das melhores práticas internacionais.
A Raxio Angola “é a mais recente instalação a fazer parte da rede de centro de dados Tier III do Grupo Raxio, uma rede em rápida expansão e interligada em todo o continente africano”.
O grupo empresarial sinaliza o “rápido desenvolvimento” do ecossistema digital e de telecomunicações de Angola, “com o país a atingir uma taxa de penetração da internet de aproximadamente 27%”, fatores que proporcionam uma “oportunidade de crescimento”.
Para tornar Angola num “centro estratégico de conectividade na região”, incluindo um tráfego de dados transfronteiriço significativo com a República Democrática do Congo (RDCongo), “onde a Raxio já está a construir uma instalação de ponta em Kinshasa”.
“Com os centros de dados certificados Tier III, a Raxio Angola será uma interligação fundamental ente a conectividade terrestre e submarina, servindo tanto a clientes locais como internacionais”, lê-se no comunicado.
O Grupo Raxio adianta que com a entrada em funcionamento prevista para fevereiro de 2024, a Raxio Angola será o sétimo centro de dados da empresa em África.
As instalações de Angola estarão localizadas no município de Cacuaco, norte de Luanda, próximo dos pontos de ligação dos cabos submarinos.
O terreno “já foi assegurado, permitindo à Raxio construir uma instalação para disponibilizar mais de 6 megawatt de capacidade ativa. O espaço da Raxio em Cacuaco beneficia de acesso à energia da rede fiável, conectividade terrestre em fibra ótica e infraestrutura rodoviária”.
Sem avançar o investimento global desta operação, a empresa sublinha apenas que a instalação em Angola está a ser desenvolvida em colaboração com parceiros internacionais e locais, “cuidadosamente selecionados de acordo com os padrões de excelência experimentados e testados da Raxio”.
Quando o data center avançar, serão fornecidas novas condições para empresas, regionais e internacionais, redes de entrega de conteúdos e serviços em ‘cloud’.
O presidente do Grupo Raxio, Robert Mullins, citado no comunicado, afirma que a decisão de construir a primeira instalação neutra Tier III de Angola destaca o compromisso da empresa com a estratégia de fornecer as infraestruturas digitais necessárias no continente africano.