Formação em mecanização ligeira capacitou um total de 76 técnicos
O primeiro curso de reparação e manutenção de tractores e motocultivadores, no âmbito do projecto Escola Itinerante de Mecanização Ligeira do Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário (FADA), capacitou, no Luongo, município da Catumbela, província de Benguela, mais de 70 técnicos em mecanização ligeira da agricultura familiar.
A informação foi avançada, ontem, pelo administrador executivo do FADA.
Saidy Fernando falava à margem da sessão de encerramento da formação dos 76 técnicos, decorrida no Centro de Formação Profissional do Ministério das Obras Publicas (CEFOPROF).
Na ocasião, informou que, a nível nacional, já foram formados 400 técnicos em mecanização ligeira da agricultura familiar, entre cooperativas e produtores individuais.
Enquadrado no Programa Aceleração da Agricultura Familiar e Reforço da Segurança Alimentar “Osi Yetu”, o projecto Escola Itinerante de Mecanização Ligeira prevê formar quatro mil jovens em todo o país, abrangendo numa primeira fase, oito províncias, designadamente, Huambo, Huíla, Bié, Benguela, Cuanza-Sul, Malanje, Namibe e Uíge.
“O objectivo é que no final do projecto sejam capacitados aproximadamente quatro mil técnicos a nível de todo território nacional”, assegurou.
A província de Benguela foi a quinta que beneficiou da formação e se junta ao Namibe, Huambo, Huíla e Malanje, sendo que a intenção “é passar por todas províncias do país e se necessário for rodar novamente nestas mesmas regiões para alcançar inicialmente a meta preconizada”.
O critério para a selecção das primeiras províncias escolhidas está ligado aos níveis de produção alcançados no último ciclo agrícola.
A segunda fase, assegurou, vai alcançar as demais províncias, com previsão de início no próximo ano.
Reconheceu que o número de formados até ao momento no curso de mecanização ligeira a nível nacional, ainda não é satisfatório devido o universo de exploração agrícolas familiares existentes a nível do país. “Estamos a estimar num universo de mais de três milhões de explorações agrícolas familiares”, referiu.
De acordo com o administrador executivo do FADA, o actual nível de formados é “residual”. Mas, esclareceu, o objectivo é que se criem cooperativas de serviço.
“Queremos que as pessoas que têm hoje este conhecimento, depois consigam contratualizar e prestar esses serviços as cooperativas. Portanto o número é residual, mas aos poucos, o próprio mercado há-de encarregar na criação destas capacidades”, garantiu.