Executivo prepara bases para atenuar declínio natural de petróleo

O Governo angolano está a preparar as bases para atenuar o declíneo natural da produção de petróleo, que regista uma diminuição na ordem dos 10 a 15% ao ano, motivado pelo tempo e manutenção dos poços existentes.

A informação foi avançada pelo secretário de Estado para o Petróleo e Gás, José Barroso, à margem da gala de encerramento da cerimónia do baptismo do novo petroleiro “Sonangol Kulumbimbi”, que juntou altas personalidades do sector dos petróleos de Angola e da empresa construtora Hyundai Samho Heavy Industries.

Segundo José Barroso, para se inverter a curva, que por vezes está abaixo de 1 milhão de barris, por dia, realiza-se um esforço com o objectivo de atingir a produção de 1 milhão e 100 mil barris, mediante campanhas de exploração, programas de perfuração de novos poços e desenvolvimentos.

O secretário de Estado apontou o gás como produto de transição energética para Angola.
Segundo o responsável, para acompanhar essa tendência do mundo de modo a se conseguir uma produção de receitas que possa ajudar a economia, é preciso adaptar-se às tendências mundiais, onde Angola tem planos e programas próprios para desenvolver os campos de gás.
“O que queremos hoje, com a constituição que convencionamos chamar novo consórcio de gás, é explorar, desenvolver e produzir campos de gás. Para tal, já foram feitos alguns investimentos. Nós vamos começar a produzir dois campos já conhecidos, o kilumba e o Mabuqueia, depois outros seguirão”, disse.

Por isso, o secretário de Estado apontou a ideia de se começar a desenvolver esses campos, enquanto se procure por outros, e assim atingir a capacidade para que a planta de Angola LNG continue a funcionar, mas, também, que esse gás sirva outros objectivos da economia.
Por forma a elucidar os investimentos que o Governo está a desenvolver, José Barroso adiantou que existem planos na província do Namibe para construção de uma Siderurgia.

Outro plano já em curso, indicou, é a construção uma fábrica de fertilizantes que terá como principal produto de alimentação o gás.
“No Soyo, estamos a construir uma fábrica de fertilizantes, o principal produto que alimentará essa fábrica é o gás. Temos uma Central do Ciclo Combinado, portanto parte da electricidade gerada por centrais termoeléctricas do país serão também produzidas por gás”.

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