Estancamento de ravinas na Huíla custa mais de 1 bilião de Kwanzas aos cofres do Estado

O Governo angolano alocou para a província da Huíla um total de 1 bilião 121 milhões 925 mil e 738 Kwanzas para o programa de estancamento e contenção de ravinas nos município do Lubango e Caconda, onde este fenómeno natural ameaça cortar a circulação rodoviária e destruir centenas de casas.

As autoridades administrativas da província da Huíla afirmam existir nesta parcela do território nacional cerca de 17 ravinas activas, que colocam em risco os equipamentos sociais construídos pelo Governo, assim como a vida de centenas de famílias que habitam em zonas afectadas por este fenómeno natural.

Numa primeira fase, as obras de intervenção serão feitas apenas em três ravinas.

Nas zonas do Tchioco e Kaguinda, arredores da cidade do Lubango, existe uma ravina com 600

metros e ameaça “engolir” as residências de centenas de famílias que habitam nas proximidades. E o perigo aumenta com o aproximar da época chuvosa.

Para contrapor este fenómeno natural, o ministro das Obras Públicas Urbanismo e Habitação, Carlos Alberto dos Santos, presidiu uma cerimonio de consignação de obras para o estancamento da referida ravina.

Está avaliada em 185 milhões de Kwanzas, cuja execução física encontra-se em 32 por cento, ao passo que a execução financeira de 15 por cento.

A ideia, de acordo com o governante, é fazer com que as famílias que têm as residências circundadas por ravinas deixem de conviver com o perigo, principalmente neste época chuvosa e de arranque do ano lectivo.

Acto idêntico foi feito na Estrada Nacional 105, onde uma outra ravina de 1019 metros ameaça interromper a ligação entre as províncias do norte do país com as do Sul, nomeadamente Huíla, Namibe e Cunene.

As obras nesta ravina, que se encontra conectada ao rio Hóque, registam uma execução física de 29 por cento, enquanto a financeira regista uma execução na ordem de 15 por cento.

O ministro Carlos Alberto dos Santos disse que a intervenção nesta ravina é de carácter urgente, já que o seu progresso pode isolar o Norte de Angola do Sul, por se encontrar na estrada que liga igualmente o território nacional com as Repúblicas da Namíbia e da África do Sul.

“Como vimos, a da EN 105 colocava em risco a ligação Huíla e Benguela, pelo que foi urgente fazermos esse acto e irão seguirse outros actos também em função dos recursos que nós temos.

Mas, a nossa visita à província da Huíla prevê outras acções prioritárias naquilo que o nosso sector diz respeito” afirmou.

Uma outra acção que está a ser desenvolvida pelo Ministério das Obras Públicas Urbanismo e Habitação, no âmbito do Programa de Estancamento e Contenção de Ravinas, acontece no município de Caconda, concretamente na comuna do Waba, no rio com o mesmo nome.

Nesta comuna, a ravina é de 502 metros está na Estrada Nacional Nº 354, no troço que liga as províncias da Huíla e do Huambo.

Esta empreitada observa uma execução física de 40 por cento e financeira de 15, e custou aos cofres do Estado 490 milhões de Kwanzas.

De acordo com Carlos Alberto dos Santos, em todo o território nacional estão cadastradas 742 ravinas.

Reabilitação da EN 105 arrancam este ano A Estrada Nacional 105 apresenta um elevado grau de degradação em alguns troços que ligam as províncias do Norte do país e as do Sul, concretamente Benguela, Huíla, Namibe e Cunene, o que coloca em risco a vida dos automobilistas que diariamente circulam naquela via.

Durante os dois dias de trabalho na província da Huíla, o ministro das Obras Públicas, Carlos Alberto dos Santos, mostrouse preocupado com os níveis de degradação deste troço, que, no seu entender, joga um papel importantíssimo na economia nacional e de diversas famílias.

Sem especificar datas concretas, Carlos Alberto dos Santos assegurou que as obras de intervenção nesta estrada arrancam ainda este ano, avançando que de momento está em curso a mobilização de meios materiais e humanos para o efeito.

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