Empresários nacionais valorizam o Observatório de Monitorização

A implementação de um Observatório Nacional para monitorizar a evolução da Segurança Alimentar e acelerar o alcance das metas definidas no Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) será exequível se houver a intervenção de todos os actores do sector produtivo, com destaque para a Agricultura e a Indústria.

Segundo o Jornal de Angola, neste contexto, o vice-presidente da Confederação das Associações de Camponeses e Cooperativas Agropecuárias de Angola (UNACA), José Luís, defende que, além do Observatório, o Executivo deve também implementar o Comité sobre a Segurança Alimentar e Nutricional, um processo que deve ser criado no quadro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Segundo José Luís, a nível de África, Angola é um dos poucos Estados do grupo de Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) que não tem ainda o Comité de Segurança Alimentar e Nutricional implementado.

“A minha dúvida sobre a criação deste Observatório, é se ele vai substituir o Comité de Segurança Alimentar e Nutricional ou se é algo paralelo”, aferiu.

O Comité de Segurança Alimentar e Nutricional, esclareceu José Luís, está relacionado com a própria segurança nacional e stocks que cada país deve ter enquanto membro da CPLP, um processo mais vasto. “Estamos a falar deste caso, e quiçá um dia podemos evoluir para a soberania alimentar, um outro processo à parte”, frisou José Luís.

Em relação à agricultura familiar, José Luís reconhece que o Executivo tem feito um grande esforço nos últimos tempos, apoiando a classe camponesa no grande desafio de aumento e diversificação da produção nacional com a criação de incentivos.

Por outro lado, a nível das estruturas, quer seja do Executivo, quer seja da sociedade, pouco se fala da UNACA, “mas sem sermos pronunciados, estamos a trabalhar e mobilizar, sensibilizar e incentivar a classe camponesa no cultivo, apesar das grandes dificuldades”.

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