Empresário japonês do sector tecnológico quer investir em zonas rurais

O presidente da startup japonesa “Ark Edge Space”, Fukuyo Takayoshi, disse recentemente que pretende investir no sector tecnológico em Angola, particularmente no manejo de recursos naturais e exploração de minerais em zonas rurais.

“Nós estamos a construir rede de satélite para o manejo de recursos naturais e exploração de minerais, por isso, a princípio queremos começar a investir nas zonas rurais de Angola”, afirmou o empresário no fórum entre investidores angolanos e japoneses, realizado esta quarta-feira no Museu da Moeda, em Luanda.

O empreendedor, que integra uma comitiva de 20 empresários japoneses, disse estar muito contente por participar do encontro de negócios em Angola, pois pretende investir no sector tecnológico.

Segundo Fukuyo Takayoshi, “está convencido de que Angola é um país muito potente para se investir e que para além de ouro, tem muitos metais raros”.

O encontro teve como o objectivo de criar um bom ambiente de maior colaboração de negócios entre Angola e Japão.

Por sua vez, a empresária angolana, directora executiva da BayQi, Fátima Almeida, que participou do encontro com empresário japoneses, referiu que o país oferece condições técnicas para garantir pagamentos electrónicos entre empresas angolanas e japoneses que tencionam investir no mercado nacional.

Falando à imprensa, à margem do encontro de negócios entre angolanos e japoneses, sublinhou que, em relação aos pagamentos electrónicos, há segurança, porque o mercado e a banca estão muito evoluídas.

Fátima Almeida realçou que o país trabalha com a melhor segurança possível, tendo a BayQi uma infra-estrutura super segura e com as políticas de cyber-segurança, cumprindo os requisitos do Banco Nacional de Angola (BNA).

Em relação ao encontro entre empresários de Angola e do Japão, a empresária considerou positivo, por permitir trocar contactos e saber como as empresas podem estabelecer parcerias.

Sobre as relações entre os dois países, dados disponíveis apontam que entre 2020 e 2022, as exportações angolanas para o Japão fixaram-se em 108 milhões de dólares e importações de 489 milhões de dólares, com um saldo comercial de 380 milhões desfavorável a Angola.

No centro dessas transacções comerciais, estão da parte de Angola, exportações do petróleo bruto, gás propano e butano, e importações constituídas em veículos, auto-peças, materiais de transporte, máquinas, aparelhos, plásticos, borracha, ferro e aço.

A cooperação entre Angola e o Japão iniciaram em 1988 como Ajuda de Emergência, por via do UNICEF, onde posteriormente, o Japão passou a realizar assistência nas áreas de desminagem, reinserção social de ex-soldados e reintegração de refugiados.

Notícias relacionadas
Comentários
Loading...