Coreia do Sul Vai atribuir 6,5 milhões de dólares a Moçambique para enfrentar desastres naturais
A cooperação da Coreia do Sul vai atribuir 6,5 milhões de dólares a Moçambique para ajudar 350 mil pessoas a enfrentar ciclones e outros desastres naturais, anunciaram esta quarta-feira as autoridades moçambicanas.
O apoio da Agência de Cooperação Internacional da Coreia (Koica) vai financiar um projecto intitulado Promoção de Resiliência aos Desastres e da Coesão em Moçambique, no período de 2023 até 2026, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
O dinheiro vai servir para que as comunidades reforcem estruturas de acesso aos serviços básicos e meios de subsistência, por forma a que resistam à passagem sazonal de ciclones (entre Dezembro e Abril).
A emancipação da mulher e a protecção de famílias mais vulneráveis, nomeadamente deslocados de guerra e portadores de deficiência, são prioritários entre os grupos-alvo.
O projecto vai ser implementado em cinco províncias: Manica, Sofala, Nampula, Cabo Delgado e Niassa, tipicamente as mais afectadas por ciclones.
A Koica tem um histórico de apoio a Moçambique nos sectores da saúde, educação, recursos hídricos e transportes.
O ciclone Freddy foi a mais recente tempestade a provocar estragos em Moçambique.
Tratou-se de um dos ciclones mais longos de que há registo (37 dias, entre 05 de Fevereiro e 14 de Março deste ano) e que maior distância percorreu, superando 10 mil quilómetros, desde que se formou ao largo do norte da Austrália e atravessou todo o oceano Índico até à África Austral.
A intempérie provocou centenas de mortes e destruição generalizada no centro de Moçambique e no Malaui.
Cientistas enquadraram o Freedy num conjunto de fenómenos extremos que estão a ganhar força devido ao aumento das temperaturas no planeta.