Caxaramba: nasceu um novo rum angolano

Nasceu no lobito, pelas mãos do português, Ricardo Guerra, o rum Caxaramba, uma produção local, da cana-de-açúcar proveniente de Benguela e do Cuanza Sul, ao melaço proveniente do Malanje.

O processo passa por colher a cana-de-açúcar, pesar e moer, iniciando-se depois a fermentação que dura 4 a 5 dias. Posteriormente, o mosto é separado e o líquido passa por duas destilações, antes de ser filtrado e vertido para os barris onde vai envelhecer, de carvalho francês e americano, e que conferem diferentes aromas ao rum.

Este processo de envelhecimento contribui “em mais de 80% para a qualidade da bebida” que do ‘blend’ destes lotes de rum.

A Caxaramba conta atualmente com 200 barris, de 300 e 500 litros, tendo sido recentemente adquiridos mais 300 na perspetiva de aumentar a produção.

Actualmente, estão a ser produzidas por ano cerca de 30 mil garrafas, totalmente vendidas para o mercado angolano, mas o objetivo de Ricardo Guerra é exportar, apontando Namíbia e Africa do Sul alguns mercados preferenciais

Para Ricardo Guerra, o rum africano começa a despertar o interesse dos grandes ‘players’ estrangeiros, o que pode vir a colocar Angola – e a Caxaramba – no mapa das bebidas a nível global.

“O rum africano foi, de alguma maneira marginalizado, ao longo de décadas, pelos grandes ‘players’ de destilados, até em países onde existe grande consumo deste tipo de bebidas, mas hoje há mais interesse por que é um produto único e o mercado anda sempre à procura de coisas novas.

Para Ricardo Guerra, “o rum é mais africano do que de qualquer outro continente” e deve ser também distinguido por ser um produto nobre “com muita história, muito conteúdo”.

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