Carolina Cerqueira apela à reconciliação para alcançar estabilidade regional

Angola apelou hoje à cooperação regional entre os países da região dos Grandes Lagos, para uma paz e estabilidade sustentáveis. Carolina Cerqueira, presidente da Assembleia Nacional de Angola, disse, na sessão da 13ª Assembleia Ordinária da Plenária do Fórum Parlamentar da Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos (CIRGL), que decorre em Juba, Sudão do Sul, que o seu país deseja acelerar a paz e a cooperação regional.

A responsável afirmou que a reforço das oportunidades de paz na região traria mais estabilidade ao Sudão do Sul e RDC, dois países do bloco dos Grandes Lagos que ainda se debatem com grandes desafios de insegurança, e reiterou que Angola está totalmente disponível para cooperar com o Sudão do Sul em áreas de interesse mútuo.

“Se há algo que o Sudão do Sul tem a aprender com Angola, é que as pessoas devem estar unidas e confiar umas nas outras, para interpretar ou traduzir a intenção e vontade da população de viver num ambiente pacífico e propício”, disse, à margem do evento, segundo o The City Review.

“O Sul do Sudão ter presente que, sem reconciliação, os processos de paz são muito difíceis de alcançar, em qualquer sociedade que tenha sido perturbada pela guerra”, disse, acrescentando que o parlamento, os meios de comunicação, as universidades, as famílias e as comunidades, bem como entidades que representam as mulheres, os jovens e outros grupos, desempenham papéis-chave nos processos de paz, especialmente na educação para a paz”.

“A nível parlamentar, continuaremos a fazer consultas políticas; criaremos um grupo de amizade com o Sudão do Sul e Angola, para que possamos fomentar políticas públicas no sentido de construir países democráticos e pacíficos na região”.

Na sua intervenção, a presidente da Assembleia Nacional reafirmou o carácter de paz da missão angolana na RDC, reiterando que o contingente militar angolano a ser enviado para o país vizinho tem como objectivo principal assegurar as áreas de acantonamento dos elementos do M23 e proteger os integrantes do mecanismo Ad-Hoc de verificação, na sequência do cessar-fogo entre as tropas governamentais e os rebeldes.

Angola, na qualidade de mediador do processo de paz, recorde-se, dispõe de um contingente de 500 efectivos das Forças Armadas Angolanas (FAA).

Na qualidade de mediador do conflito no Leste da RDC, o Chefe de Estado angolano levou as partes a um entendimento que resultou num acordo de cessar-fogo naquela região, desde 7 de Março deste ano.

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