Carnaval: União 54 rendeu homenagem ao Presidente Agostinho Neto

O Primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, foi a figura homenageada pelo grupo carnavalesco União 54. A relembrar aspectos marcantes da sua vida e obra, a canção deste grupo, intitulada Renúncia Impossível”, foi construída com substratos de textos da poesia de Agostinho Neto, através de uma rapsódia cuja melodia deu força a textos com grande peso poético.

A interpretação ficou a cargo do cantor e intérprete Acácio Bambes. No palco da Nova Marginal de Luanda, o União 54 conseguiu fazer a apresentação ao ritmo da dança semba, exibindo com maestria este género musical que é o mais representativo no Carnaval de Luanda. A representar o distrito urbano da Mainga, o grupo carnavalesco União 54 é uma das mais antigas agremiações do Entrudo de Luanda. Desde a sua fundação, em 1954, tem apenas um título conquistado.

Comandados por Adilson Cabanga, a agremiação tem mais de 300 integrantes, tendo como expoentes da sua corte real os bailarinos João Pascoal e Madalena Domingos.
Várias figuras públicas acorreram à Nova Marfginal para assistirem ao vivo o desfile dos 13 grupos, com destque para um grupo de turistas estrangeiros que apreciou, a partir de uma das bancadas, a festa da cultura nacional.

Actriz Dicla Burity foi uma das figuras que manifestou à imprensa a sua visão sobre a importância do Carnaval para uma cidade como Luanda. A seu ver, todos os citadinos devem apoiar o Carnaval de Luanda, por ser é um cartão-de-visita para Angola, sendo igualmente uma forma de atrair investimento privado. “É uma forma privilegiada de dar a conhecer a todos a essência da cultura angolana. Está a ser um espectáculo ver ao vivo essa toda dança e alegria. Já vi várias vezes pela televisão, mas assistir ao vivo é muito mais intenso. Aconselho as famílias a terem o hábito de virem assistir na Nova Marginal, porque tem mensagens muito educativas”, disse a actriz e jornalista.

Por seu turno, o escritor e jurista José Carlos de Almeida também esteve presente na Nova Marginal e avaliou o carnaval como sendo uma grande manifestação que vem consolidar a riqueza cultural, tendo também salientado que falta mais investimento.

“Espero que nos próximos anos haja mais apoio aos grupos, já dentro do que vem explanado na Lei do Mecenato, para que os patrocinadores possam apoiar com dinheiro ou associar-se a grupos e partilhar projectos. Acho que teremos melhores indumentárias e alegorias. Há grupos que poderão se organizar melhor e quem sabe assim acolherem mais jovens que possam dar continuidade à essa festa”, sugeriu.

O secretário-geral da Aprocal, António de Oliveira, viu na edição 2023 do Carnaval a cultura angolana no seu melhor. Para si, todos os grupos merecem esse grande prémio. “Foi uma boa disputa”, reconheceu já nos instantes finais das exibições. Entretanto, quando às vicissitudes finaceiras e organizativas a serem melhoradas nas próximas edições, reconheceu haver algumas dificuldades a serem ultrapassadas, apontando que serão acertos que deverão ser feitos paulatinamente.

“Esta edição prova que fizemos tudo que foi preciso para colocarmos a cultura angolana no lugar de destaque onde merece estar”, destacou.

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