Carlos Bento: “A experiência na Turquia ajudou-me a ser paciente e compreensivo”

Carlos Bento nasceu no Lubango, Huíla, viveu vários anos e estudou em Malanje, onde fez o ensino médio, que terminou em 2016, e onde conheceu algumas das pessoas que, mais tarde, iriam ajudá-lo a seguir caminho para a Turquia.

Segundo o site A Voz da Diáspora, Carlos Bento, após o médio, mudou-se para Luanda, para estudar Engenharia Química no ISPTEC, curso que começou em 2017. No final desse ano, um amigo falou-lhe de bolsas de estudo para a Turquia. Relutante, candidatou-se no início do ano seguinte, e em Outubro estava na Turquia, na cidade de Samsun, no Norte daquele país, na costa do mar Negro.

“Foi bastante difícil” no início, admite Carlos Bento, desde logo porque não havia angolanos com quem conversar e partilhar a experiência da mudança e as memórias de Angola. Somou-se a dificuldade em relação ao idioma turco, um problema que foi sendo diminuído, mas que se mantém.

Em 2023 terminou a licenciatura em Engenharia Química na Universidade de Ondokuz Mayis, e deu início ao mestrado – também em Engenharia Quimica, estando a colaborar em investigação no laboratório de energias renováveis, nomeamende biodiesel e bioetanol.

Colegas e professores destacam a sua boa disposição, espírito de entreajuda e até as qualidades como cozinheiro, assim como capacidade para aprender turco.

“Se todos forem como o Carlos [em Angola], são muito felizes”, afirma uma colega de curso sobre o jovem, que tem procurado ‘levar’ um pouco da cultura e costumes de Angola para Turquia, como um verdadeiro ‘embaixador’ do seu país.

“A experiência na Turquia deu-me a oportunidade de conhecer-me melhor a mim próprio, e ensinou-me a ser paciente e compreensivo com todos”, diz Carlos Bento.

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