Cabecilha de raptos detido na África do Sul
A polícia da África do Sul (SAPS, sigla em inglês), deteve, no último sábado, dia 7, à noite, o moçambicano Esmael Malude Ramos Nangy, de 50 anos, apontado pelas autoridades do seu país como líder de um grupo que rapta para depois pedir um resgate pela sua libertação. A nota da SAPS referiu que a detenção teve como base “um mandado de prisão e um pedido de extradição do Governo de Moçambique.”
Esmael é suspeito de orquestrar raptos que valeram vários milhões de dólares em resgate durante as duas últimas décadas. A polícia sul-africana disse ter sido preso numa rusga a um bairro residencial de luxo em Centurion, perto da capital, Pretória.
Junto do foragido foram apreendidos vários artigos como uma arma de fogo, cartuchos de balas, cinco telemóveis e cartões bancários. As autoridades moçambicanas já solicitaram a sua extradição. Uma fonte da polícia moçambicana disse que Nangy era suspeito de um rapto que teve lugar no ano passado na capital, Maputo.
Refira-se que o rapto para resgate tem sido um crime comum na última década em Moçambique, principalmente nas grandes cidades como Maputo, Beira e Nampula, tendo como alvos principais empresários de origem asiática ou seus familiares. De acordo com o Serviço Nacional de Investigação Criminal de Moçambique (Sernic), o país registou 13 raptos em 2022 e 33 detenções ligadas a este tipo de crime.