BNA mantém exigência de reserva obrigatória para bancos sistémicos
O Banco Nacional de Angola (BNA) anunciou que, neste mês de Janeiro, os nove bancos sistémicos do país vão manter a obrigação de depositar uma percentagem dos seus depósitos na reserva obrigatória, definida pelo regulador. A medida tem como objectivo garantir a estabilidade do sistema financeiro nacional.
Os bancos afectados por esta obrigatoriedade são o Banco Angolano de Investimentos (BAI), o Fomento Angola (BFA), o Standard Bank de Angola (SBA), o BIC, o Banco de Poupança e Crédito (BPC), o Millennium Atlântico (BMA), o Económico (BE), o Keve e o Banco de Comércio e Indústria (BCI). Estas instituições são consideradas sistémicas devido à sua importância para a economia angolana.
De acordo com a legislação do BNA, os bancos sistémicos devem manter uma reserva obrigatória para proteger o sistema financeiro contra possíveis falhas e colapsos. A falência de um destes bancos poderia ter um impacto negativo na economia do país.
A partir deste mês, os dois maiores bancos, BAI e BFA, terão de manter uma reserva obrigatória de 2% junto do banco central. Já o SBA, o BIC, o BPC e o BMA devem reter 1,5% do total dos seus depósitos.
Os restantes três bancos – BE, Keve e BCI – serão obrigados a manter uma reserva obrigatória de 1%. Estas reservas são uma forma de garantir que os bancos tenham uma margem de segurança para evitar crises no sistema financeiro.
Para além disso, o BNA fixou a taxa de juro das operações de prazo overnight em 21,84%. Esta taxa é aplicada aos empréstimos de muito curto prazo efectuados entre os bancos e o banco central, servindo como instrumento de controlo da liquidez no mercado.
A exigência de reservas obrigatórias é uma medida considerada importante pelo BNA para garantir a saúde financeira dos bancos e, consequentemente, a estabilidade económica do país.