Banco Mundial reitera apoio para a diversificação económica

O Banco Mundial, maior instituição financeira internacional de desenvolvimento no mundo, virada para empréstimos a países em crescimento, reiterou a sua disponibilidade em apoiar Angola no processo da diversificação económica, de modo a afastá-la da dependência do petróleo.
A intenção foi manifestada, ontem, em Luanda, à imprensa, pela vice-presidente regional do Banco Mundial para a África, Victoria Kwa-kwa, no final de uma audiência com o Presidente da República, João Lourenço, no Palácio Presidencial, na Cidade Alta.
Victoria Kwakwa, economista ghanense que já actuou como vice-presidente do Banco Mundial para o Leste Asiático e Pacífico e directora nacional do mesmo banco no Vietname, antes do actual cargo, disse que a ideia é ajudar o país a criar uma economia mais forte e abrangente, mas, para tal, sublinhou: “precisar-se-á de um sector privado que seja mais dinâmico e vibrante”.
Acompanhada, nesta audiência, de outros altos funcionários do seu gabinete, referiu que uma das acções determinantes para a conquista deste desiderato passa pelo reforço do papel do Governo em relação à criação de um ambiente conducente, capaz de ajudar o sector privado a desempenhar o papel de criar empregos. Aqui, apontou a aposta no sector Agrícola como um elemento chave na busca deste fim.
A vice-presidente regional do Banco Mundial para a África fez saber que o encontro com o Chefe de Estado permitiu abordar, ainda, questões ligadas a investimentos e políticas necessárias que o Governo deverá empreender, de modo a fazer o máximo uso do potencial em matéria de Agricultura.
“Tivemos boas discussões com o Presidente João Lourenço. Falámos sobre a parceria entre o Banco Mundial e a República de Angola e, aqui, mostramos a nossa vontade de continuar a aprofundar essa cooperação, no sentido de fazer com que esta colaboração possa ter incidência na vida pessoal dos angolanos e ajudar, também, muita gente a sair da pobreza”, aclarou.
Victoria Kwakwa disse ter analisado, de forma objectiva, com o Presidente da República o Programa de Reformas em curso no país durante os últimos anos, que considerou “bastante importante”.
Referiu ter abordado, igualmente, assuntos referentes ao desenvolvimento do capital humano, com destaque para o apoio que o Banco Mundial pode prestar a Angola, no sentido de alavancar ainda mais este sector e tornar, assim, a economia do país mais produtiva.
Outro assunto que dominou a audiência, prosseguiu, foi o estado actual da educação em Angola. Sobre este particular, a vice-presidente regional do Banco Mundial para África deu a conhecer que foram observados os índices de desenvolvimento do capital humano no país, além de mostrar uma baixa taxa de matrícula, tanto no ensino primário quanto no secundário.
“A taxa de conclusão é muito baixa e este é um problema que deve ser esbatido e, por isso, vamos aprofundar a nossa colaboração de forma concreta e específica nesta matéria, no sentido de ajudar Angola a alavancar o seu capital humano”, destacou.