Antigos Combatentes plantam 120 árvores em Saurimo

Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria (ACVP), na província da Lunda Sul, plantaram hoje, terça-feira, 120 árvores diversas nas artérias da cidade de Saurimo, com vista a contribuir para melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.

Entre as plantas constam acácias e cedros, cuja iniciativa enquadra-se nas jornadas alusivas ao 4 de Janeiro, Dia dos Mártires de Repressão Colonial.

A campanha de plantação de árvores contou com a participação de 169 ACVP, que incidiram a sua acção no bairro Sassamba, Agostinho Neto, Txizainga I e 11 de Novembro.

Em declarações à imprensa, o director do gabinete provincial dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, António Upite, destacou a importância das árvores na regulação da temperatura e um ambiente mais puro.

Lembrou que o plantio de árvores é uma das principais recomendações de especialistas para combater o aquecimento global, uma vez que elas absorvem gás carbônico, liberam oxigênio, melhorando a qualidade do ar.

Por outro lado, António Upite, disse que o 4 de Janeiro de 1961, tornou-se num marco de referência incontornável, que impulsionou os angolanos para a Luta de Libertação Nacional, um valor histórico que deve merecer contínuo reconhecimento dos angolanos.

Por isso, prosseguiu, o Governo tem delineado projectos que permitem aos antigos combatentes uma participação activa no processo produtivo e melhorar a capacidade de sustentabilidade para as suas necessidades.

Apelou a necessidade de se continuar a preservar a paz e a unidade nacional, visando a honra dos antigos combatentes.

A 4 de Janeiro de 1961 colonos portugueses reprimiram cerca de 20 mil camponeses angolanos, naquilo que ficou na história como o Massacre da Baixa de Cassanje, território localizado entre as províncias de Malanje e Lunda Norte.

Os acontecimentos da Baixa do Cassanje aumentaram a consciência de liberdade dos patriotas angolanos que, a 4 de Fevereiro do mesmo ano, resolveram desencadear uma luta armada contra o regime fascista português, culminando com a proclamação da independência do país, a 11 de Novembro de 1975.

A efeméride é assinalada no país como uma data de celebração nacional, considerada Dia dos Mártires da Repressão Colonial.

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