Angola e Nigéria aspiram produção de petróleo em grande escala

Os membros africanos do grupo produtor OPEP+, Angola e Nigéria, pretendem aumentar a produção de petróleo, disseram autoridades à Reuters esta quinta-feira, um dia depois de o grupo ter sido forçado a adiar as negociações sobre a política de produção do próximo ano.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados como a Rússia, conhecida como OPEP+, adiou na quarta-feira uma reunião ministerial que deveria discutir cortes na produção, uma medida surpresa que fez cair os preços do petróleo.

“Estamos felizes, aguardamos a reunião”, disse à Reuters o decisor angolano na OPEP, Estêvão Pedro. “Estamos a lutar para aumentar a nossa produção”, afirmou, acrescentando que estão a ser feitos investimentos para que isso aconteça.

O vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, e o ministro de Energia da Arábia Saudita, príncipe Abdulaziz bin Salman, concordaram em adiar a reunião de 26 de Novembro para 30 de Novembro, disse uma fonte da Opep+ na quarta-feira, citando questões relacionadas a outros produtores.

A reunião de 30 de Novembro, que coincide com o início da cúpula climática COP28 em Dubai, será realizada online, disse a OPEP na quinta-feira.

A Nigéria estava produzindo 1,7 milhão de barris por dia de petróleo bruto e condensado em 17 de novembro e espera atingir 1,8 milhão de bpd até o final do ano, disse à Reuters Olufemi Soneye, diretor de comunicações corporativas da empresa estatal de petróleo NNPC.

O decisor da Nigéria na OPEP, Gabriel Tanimu Aduda, disse à Reuters na quinta-feira que não tinha conhecimento de quaisquer divergências com outros membros da OPEP+ sobre as metas de produção do seu país.

“Não temos conhecimento de divergências, é mais uma questão de buscar alinhamentos”, disse Aduda.

O petróleo caiu cerca de 1,5% na quinta-feira, uma vez que o adiamento alimentou expectativas de que o grupo poderia não aprofundar os cortes na produção. O petróleo Brent estava sendo negociado acima de US$ 80 por barril, abaixo dos quase US$ 98 no final de setembro.

Texto integral em inglês: (Reportagem de Alex Lawler, Ahmad Ghaddar e Maha El Dahan, traduzido por João Manuel Maurício, Gdansk Newsroom; Editado em português por Sergio Goncalves em Lisboa).

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