Angola e China focam parceria na área da segurança alimentar

O ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, reiterou no domingo, em Luanda, o desejo de Angola continuar a aprofundar as relações comerciais e financeiras com as entidades públicas e privadas da República Popular da China.

José de Lima Massano, que dirigiu a 2ª Reunião da Comissão Orientadora para a Cooperação Económica e Comercial entre Angola e a China, realçou que os dois países têm laços de cooperação não apenas na partilha de pontos de vista comuns, sobre temas que preocupam as duas nações, mas, também, na aproximação entre os dois povos com ganhos recíprocos.

A presença da República Popular da China em Angola e da sua classe empresarial, segundo sublinhou José de Lima Massano, resultou na realização de novas infra-estruturas um pouco por todo o país, o que tem permitido ao Governo angolano melhor servir os seus desígnios de desenvolvimento socioeconómico.

Fruto destas relações, o ministro de Estado para a Coordenação Económica informou à delegação chinesa, liderada pelo ministro do Comércio, Wang Wentao, que Angola tem trabalhado para o desenvolvimento de todo o seu potencial económico e dos seus cidadãos.

José de Lima Massano acrescentou que Angola tem gizado esforços para garantir segurança alimentar e nutricional e melhoria do ambiente de negócios, como condição para continuar a facilitar a atracção de investimentos e estabelecer parcerias estratégicas nos mais variados domínios.

“A data em que realizamos a 2ª reunião orientadora representa um marco importante para os nossos dois países e é mais um compromisso em preservarmos a manutenção deste importante mecanismo de cooperação”, disse José de Lima Massano, sublinhando que a sessão ocorre no ano em que se celebrou o 40° aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas e de cooperação entre as duas Repúblicas.

José de Lima Massano aproveitou a presença do Titular da pasta do Comércio da China para expressar, em nome do Governo angolano, a total solidariedade ao Governo e cidadãos da República Popular da China, pelas dezenas de mortes causadas pelas enchentes provocadas pelas chuvas intensas que têm assolado aquele país de um tempo a esta parte.

“Acreditamos na resiliência do povo chinês e que serão capazes de ultrapassar também esta adversidade”, ressaltou José de Lima Massano, que rubricou com o ministro do Comércio da China a acta da 2ª reunião orientadora, que para ambos os Governos trará mais ganhos na cooperação bilateral.

Resultados da cooperação económica

Presente na 2ª reunião da Comissão Orientadora, o ministro do Comércio da República Popular da China, Wang Wentao, destacou os principais acontecimentos realizados entre os dois Estados, desde o estabelecimento há 40 anos das relações diplomáticas, assim como as mensagens de felicitações trocadas entre os Chefes de Estado de ambos os países, que elogiaram, no início do ano, os resultados da cooperação que vêem ocorrendo nos vários domínios.

Wang Wentao recordou ainda que o Presidente da China, Xi Jinping, e o Presidente de Angola, João Lourenço, concordaram em fortalecer a cooperação mutuamente benéfica e promover vigorosamente o desenvolvimento da Parceria Estratégica entre a China e Angola.

Segundo o ministro do Comércio da China, os dois Chefes de Estado tiveram uma comunicação estratégica, liberaram e promoveram a cooperação económica bilateral para alcançarem resultados frutíferos.

“A título de exemplo, no domínio do Comércio, a China tem sido o maior parceiro de Angola por longos anos, e Angola tem sido a maior fonte de importações de petróleo da China em África”, declarou Wang Wentao.

Em relação à 2ª reunião da Comissão Orientadora, Wang Wentao anunciou que foi uma mais-valia, porque permitirá a ambas delegações acompanhar o importante processo já avançado pelos dois Chefes de Estado, incluindo aproveitar o 40° aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas como uma oportunidade para avaliar ao detalhe os resultados da cooperação económica e dar um novo desenvolvimento da Parceria Estratégica existente entre os dois países.

“O mais importante é perspectivar e planear o futuro da cooperação, sobretudo na área da segurança alimentar”, frisou Wang Wentao.

Notícias relacionadas
Comentários
Loading...