África do Sul prepara missão de mediação africana para o conflito da Ucrânia
A ministra da Presidência da África do Sul, Khumbudzo Ntshavheni, iniciou hoje, dia 23, uma visita à Rússia. A ministra participa numa reunião de alto nível sobre segurança em Moscovo, no contexto do diálogo sobre o conflito na Ucrânia. Entre os assuntos discutidos, estará a missão dos líderes africanos que procuram um acordo de paz entre Moscovo e Kiev, uma iniciativa de Cyril Ramaphosa, presidente da África do Sul.
Ntshavheni participará na Reunião Internacional de Altos Funcionários Responsáveis pelas Questões de Segurança. “Esta reunião anual discutirá as tendências gerais da situação de segurança internacional, incluindo a segurança alimentar global”, revela o comunicado oficial.
A ministra vai ainda discutir as “iniciativas relevantes” anunciadas pelo Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, “sobre a Missão de Paz dos Líderes Africanos à Rússia e à Ucrânia”. Ntshavheni, acrescenta o comunicado, “enviou uma equipa de funcionários de alto nível para a Ucrânia para preparar a missão de iniciativa de paz.”
Recorde-se que Ramaphosa e cinco outros chefes de Estado africanos – Zâmbia, Senegal, República do Congo (Brazzaville), Uganda e Egipto – vão deslocar-se à Rússia e à Ucrânia em junho para tentar iniciar conversações de paz entre as duas nações em conflito.
A visita da ministra Ntshavheni, surge num momento em que a posição do Governo em relação ao conflito na Ucrânia está a ser cada vez mais criticada pelo Ocidente. Com esta visita à Rússia, Ntshavheni irá tentar demonstrar o empenho do Governo em colaborar activamente com as partes interessadas e em procurar soluções diplomáticas para o conflito.
“A participação da Ministra Ntshavheni na reunião está em consonância com o seu papel na Presidência, que inclui a supervisão de questões relacionadas com a segurança nacional e as relações internacionais. A sua presença em Moscovo permite que a África do Sul contribua para os debates, partilhe ideias e defenda resoluções pacíficas para os conflitos em todo o mundo”, revela ainda o comunicado da presidência sul-africana.