ADRA incentiva camponeses a legalizarem as terras de cultivo
A Acção para o Desenvolvimento Rural e Ambiente (ADRA) está a promover acções de sensibilização aos camponeses, sobre as vantagens de legalizar as terras para o cultivo.
A informação foi prestada esta semana em Benguela, pelo director da Unidade de Projectos e Desenvolvimento da organização, Abílio Sanjaya.
O responsável que falava na abertura do Encontro Nacional de Monitoria e Planificação de Projectos, que decorre em Benguela, contou com a presença de técnicos locais, de Luanda, Malanje, Huambo, Huíla e Cunene, disse que com a legalização das terras, evitar-se conflitos e alavanca-se a produção com a cedência de crédito.
Segundo o responsável, a legalização das terras, é um mecanismo para aquisição do título de propriedade, instrumento que permite aos camponeses desenvolverem as suas actividades de forma legal.
Afirmou que os camponeses têm dificuldade em seguir as normas estabelecidas para a aquisição do referido documento por causa do excesso de burocracia.
Abílio Sanjaya afirmou que é imperioso ultrapassar os factores constrangedores que inviabilizam o processo.
“Alguns constrangimentos têm se constituído como grandes “calcanhares de Aquiles”, o que tem originado o fracasso de muitos homens do campo a reduzir a sua acção contrariamente ao seu desejo de efectuarem o cultivo dos seus sonhos”, lamentou.
O técnico da ADRA explicou que, outro constrangimento prende-se com o estado das vias secundárias e terciárias.
“Um dos levantamentos de dados feito pela ADRA, mostrou que muitas famílias, ainda, confrontam-se com dificuldades das vias de acesso, quer secundárias, quer terciárias para o escoamento dos produtos do campo para as zonas de consumo, além da própria irregularidade das chuvas”, referiu.
Reconheceu, também, que outra classe de camponeses ainda utiliza prática de cultivo menos sofisticada, por hectare, situações que segundo o responsável, são constrangedoras, mas podem ser resolvidas com a cedência de crédito bancário, onde o título de terra é um factor importante.
“O título de propriedade é de extrema importância, daí a ADRA, mitigar esse processo, visto que, já existem duas grandes vias de oportunidade para aquisição de crédito agropecuário, nomeadamente, por intermédio do Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário ( FADA) e do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA), que exigem como um dos requisitos, o título de propriedade de terra.
Aposta na capacitação de camponeses
Abílio Sanjaya avançou que a ADRA trabalha no reforço da capacitação dos camponeses, a nível dos municípios da província, quer seja agrupado em associações ou cooperativas de camponeses ou individuais para mitigar a situação da produção.
Explicou que, estas acções decorrem com o apoio directo das administrações municipais, que são os parceiros fundamentais para a realização com êxito das actividades desenvolvidas pelos camponeses, visto que, com o título de propriedade a utilização dos campos será feita de forma organizada, mais rentável e elevar o nível de produtividade em grande escala.
Relativamente ao encontro, o especialista fez saber que, em 2022, elaborou-se um plano estratégico de trabalho, cujo os pontos são motivo de discussão nas várias reuniões.
Avançou que nestes encontros periódicos são reflectidos situações sobre os baixos e altos da sua materialização durante os cinco anos findo, bem como, prosseguir com as acções positivas.