Vários chefes de Estado felicitam João Lourenço
Quatro chefes de Estado já felicitaram o Presidente de Angola, João Lourenço, que mereceu a confiança dos eleitores no passado dia 24 de Agosto para um segundo mandato e liderar o Governo nos próximos 5 anos.
O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, foi o primeiro chefe de Estado a reconhecer a vitória do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), liderado por João Lourenço.
Em declarações aos jornalistas à chegada em Luanda para participar das exéquias do ex-Presidente José Eduardo dos Santos, Filipe Nyusi minimizou os recursos e as queixas da oposição, salientando que a imprensa foi também observadora do processo e não encontrou irregularidades.
“O meu país não tem mais nada do que respeitar a vitória dos angolanos, quem ganhou foi o povo angolano, MPLA está classificado, o Lourenço também. Temos de felicitar”, afirmou, minimizando as queixas da oposição.
O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, também felicitou João Lourenço pela sua reeleição como Presidente de Angola, considerando que o resultado das eleições gerais “reflectem a confiança” que o povo angolano deposita nele.
Em comunicado, a presidência sul-africana refere que Ramaphosa “enviou as mais calorosas e sinceras felicitações ao Presidente João Lourenço e ao povo da República de Angola pela reeleição”. “Estou ansioso para trabalhar com o Presidente João Lourenço para reforçar as fortes e cordiais relações bilaterais entre os nossos dois países, bem como em assuntos de interesse mútuo no continente africano e na nossa região, a SADC”, acrescentou o chefe de Estado sul-africano.
Da África do Sul, além do Presidente, o Congresso Nacional Africano (ANC) também felicitou o povo angolano, em geral, e o MPLA, em particular, por ter vencido as eleições gerais pacíficas de 24 de agosto de 2022.
O partido no poder na África do Sul recorda que as relações fraternas partidárias entre o ANC e o MPLA estendem-se ao longo de décadas – em particular decorrente de um grande apoio do MPLA para libertação dos povos da África Austral do jugo do Apartheid e do colonialismo e imperialismo. “Nunca esqueceremos o contributo do MPLA, os sacrifícios e o sofrimento que foi suportado pelo povo de Angola devido à hospedagem de campos de treinamento do exército e por fornecer refúgio aos militares do ANC, SWAPO e ZAPU até à independência”, escreve o partido numa nota de imprensa assinada pelo porta-voz do partido, Pule Mabe.
O ANC enviou uma delegação para participar nas eleições gerais de Angola 2022 como parte de um Partido Internacional para a Missão de Observação Política e sua delegação foi liderada pelo presidente do Subcomitê de Relações Internacionais do ANC, Lindiwe Zulu, apoiado pelo membro do ANC, Alvin Botes. A delegação visitou mais de cinco assembleias, testemunhando a abertura de uma assembleia de votação, percorreu por várias assembleias de votação durante a votação e processo de contagem de votos e após o encerramento das assembleias.
O partido reconhece que as eleições foram pacíficas e a sua logística foi bem organizada pela Comissão Nacional Eleitoral de Angola. O ANC faz votos que os partidos políticos africanos continuem empenhados para a paz e a estabilidade do continente, através do respeito e confiança nas instituições e da democracia.
Depois da África do Sul, o Governo brasileiro reconheceu a vitória e felicitou o Presidente reeleito, João Lourenço, cujos resultados foram divulgados na segunda-feira pela Comissão Nacional Eleitoral.
Em nota do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, o Governo brasileiro renova o compromisso em avançar a Parceria Estratégica com Angola em prol do desenvolvimento das duas nações.
Quem também felicitou João Lourenço é o Presidente da República da Venezuela, Nicolás Maduro. Num comunicado divulgado no site oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros, o Presidente venezuelano felicitou o Governo de Angola pela reeleição do seu homólogo, João Manuel Gonçalves Lourenço, para o período 2022-2027.
O documento assinado por Nicolás Maduro refere que “o povo angolano deu uma clara demonstração de civismo e vontade patriótica, reiterando que a paz conquistada em 2002 é o caminho a seguir para alcançar o progresso e o bem-estar colectivo”, diz o comunicado publicado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros.
A Venezuela manifesta também a sua vontade de aprofundar as relações de amizade e de cooperação abrangente com o povo e o Governo de Angola. A este respeito, o Presidente da Venezuela sublinhou que Angola é um exemplo de paz e espírito democrático.
A Comissão Nacional Eleitoral anunciou na segunda-feira que o MPLA venceu as eleições com 51,17% dos votos, contra 43,95% da UNITA.