UNITA reitera empenho na consolidação da democracia

O secretário da UNITA na província do Huambo, Apolo Yakuvela, reiterou, sábado, o compromisso da organização partidária continuar a trabalhar na concretização dos desafios da preservação da paz e da consolidação da democracia em Angola, segundo a Angop.
O político reassumiu este desejo, quando falava no acto provincial das comemorações do 49º aniversário das extintas Forças Armadas de Libertação de Angola (FAFA), antigo braço militar da UNITA, assinalado a 24 do corrente mês.
Na ocasião, disse que a UNITA no Huambo reitera a convicção de continuar a cimentar as fontes para o reforço do diálogo a nível das comunidades e das instituições, para que a democracia, as liberdades de expressão e de opinião, a soberania popular e a cidadania sejam “um verdadeiro facto” na província do Huambo.
Apolo Yakuvela disse, igualmente, que a organização político-partidária está disponível em contribuir, patrioticamente, para o desenvolvimento sustentável desta região do Planalto Central, como uma oposição crítica e construtiva, capaz de exercer a função de fiscalização política e controlo nos termos da Constituição da República e da lei, com propostas alternativas as políticas públicas do Governo.
O político enalteceu a maturidade apresentada pela população do Huambo durante as eleições gerais de 24 de Agosto de 2022,
As FALA, fundadas a 24 de Janeiro de 1974, um dos três movimentos armados que lutaram para a Independência Nacional, alcançada a 11 de Novembro de 1975, foram extintas em 1991, em consequência dos acordos de Bicesse, assim como as Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA) do MPLA e o Exército de Libertação Nacional de Angola (ELNLA) da FNLA
Os Acordos de Bicesse foram assinados a 31 de Maio de 1991, em Estoril, Portugal, pelo então Presidente da República, José Eduardo dos Santos, e o ex-líder da UNITA, Jonas Savimbi, na presença de representantes de países da Troika de Observadores, designadamente Portugal, Rússia e EUA.
No essencial, os Acordos visavam o fim da guerra em Angola, a implementação do sistema democrático multipartidário e a realização de eleições livres e justas, assim como a desmobilização dos movimentos armados de cada partido político, dando lugar às Forças Armadas Angolanas (FAA).
Apesar de ter sido efémero e não ter evitado o recrudescer da guerra, o texto determinava, entre outros pontos, um cessar-fogo entre as forças militares do Governo e da UNITA.