Segunda fase do projecto Falcão foi inaugurada ontem

O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Pedro Azevedo considerou, quinta-feira, no Soyo, Zaire, a entrada em funcionamento da segunda fase da Unidade de Recepção e Distribuição de Gás (URDG) da Sonangol, denominada “Falcão 2”, como um passo fundamental para a concretização da fábrica de amónia e ureia, dois componentes da produção de fertilizantes.

Diamantino Azevedo, que falava na cerimónia inaugural da infra-estrutura que vai processar e tratar 50 milhões de pés cúbicos de gás por dia, fornecidos pela Angola LNG para alimentar a central eléctrica do Ciclo Combinado do Soyo I, alertou, ao consórcio Sonangol e Opaya responsável na construção da futura fábrica de amónia e ureia que, o cumprimento dos prazos contratuais, considera-se imperativo para que o país se torne auto-suficiente em fertilizantes.

A URDG da Sonangol, denominada “Falcão Fase 2”, foi construída num espaço total de quatro hectares ao longo de 23 meses, pela empresa MECWIDE Angola, com a fiscalização da empresa Soapro, tendo capacidade para tratar 50 milhões de pés cúbicos de gás por dia. Para o transporte do gás, foi, também construída uma linha de cerca de nove quilómetros de gasoduto.

A infra-estrutura, construída por 42,8 milhões de dólares, está localizada na zona do Quintambi, arredores da cidade do Soyo, devendo associar-se à produção do Falcão 1, que é de 75 milhões de pés, o que perfaz um total de 125 milhões de pés a fornecer à central do Ciclo Combinado do Soyo que conta com seis turbinas, sendo quatro a gás e duas a vapor que produzem 750 MW de energia eléctrica.

De salientar que a execução da primeira fase do projecto Falcão ocorreu no período de Outubro de 2015 a Dezembro de 2017, tendo-se consubstanciado na construção de um gasoduto de oito quilómetros, solução provisória para entrega de gás seco à central do Ciclo Combinado do Soyo.

“O que estamos aqui a fazer hoje é fundamental, não só para continuarmos a dar garantia de alimentação ao Ciclo Combinado do Soyo I, mas essencialmente, para que o projecto da fábrica de amónia e ureia se torne realidade. Quero aqui alertar a Sonangol e ao Opaya, que são os parceiros principais da fábrica de amónia e ureia, que cumpram o que nos prometeram: construir aqui a fábrica no tempo devido, porque nós estamos a cumprir a nossa parte”, advertiu.

O governante considerou a futura unidade de produção de amónia e ureia “uma âncora para a auto-suficiência em fertilizantes”, como parte da decisão no sentido da criação de uma verdadeira indústria de refinação petroquímica e fertilizantes, para fazer face ao declínio das reservas petrolíferas com base na utilização do gás não associado ao petróleo.

Segundo Diamantino Azevedo, o município do Soyo e o projecto Falcão 2 constituem partes essenciais para o alcance desse desafio, que considerou grandioso, com os passos a deverem ser implementados de forma milimétrica, mediante um trabalho árduo.

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