Reformas para melhorar o ambiente de negócios facilita entrada de capitais

A delegação angolana integrada por quatro secretários de Estado encerra, hoje, a participação no Fórum Mundial de Investimentos do Programa das Nações da Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), em Roma.

No evento, Angola mereceu reconhecimento pelas reformas empreendidas para melhorar o ambiente de negócios, habilitando o mercado a receber capital fresco.
Os secretários de Estado para e Economia, para a Agricultura e Pecuária, para a Indústria e para as Pescas e Recursos Marinhos, Ivan dos Santos, João Cunha, Ivan do Prado e António Silva, representaram Angola nos encontros, tendo-se-lhes juntado a embaixadora Fátima Jardim, representante permanente junto das agências das Nações Unidas sedeadas em Roma, além de técnicos seniores dos quatro pelouros e empresários angolanos.

De acordo com informações obtidas da Embaixada de Angola em Itália, o secretário de Estado para a Agricultura e Pecuária solicitou, terça-feira, no Country Presentation Angola, os empresários estrangeiros a investirem na economia angolana, com particular destaque na Agricultura e Pecuária.

João Cunha apresentou Angola pela “combinação única de factores que a tornam particularmente atractiva para os investidores”, como um forte apoio governamental, recursos inexplorados, população activa jovem e investimentos significativos em capital humano.

A acrescentar a isso, apontou os projectos implementados pelo Governo, nomeadamente, o programa de Promoção das Exportações e de substituição das Importações (Prodesi), de Reconversão da Economia Informal (PREI), projectados para expandir investimentos em vários sectores produtivos, incluindo a agricultura, e integrar as actividades económicas informais na economia formal.

O secretário de Estado destacou, também, o Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM) concebido para melhorar as infra-estruturas e os serviços públicos a nível dos municípios, e os programas: Planagrão, Planapescas e Planapecuária que estão centrados na promoção de investimentos nos sectores vitais da produção de cereais, peixe e gado.

Ao fazer a introdução para a apresentação angolana, o secretário de Estado para a Indústria destacou as iniciativas nos sectores cruciais da Agricultura, Pecuária e Pescas, à luz da Estratégia de Longo Prazo, “Angola 2050” e do Plano de Desenvolvimento Nacional 2023-2027, estabelecidos como opção de crescimento económico em parceria com o empresariado privado. “O nosso país está totalmente aberto a parcerias, colaborações e ao investimento estrangeiro”, disse.

Ao longo da permanência em Roma, a delegação manteve encontros com a Comissão de Inovação sobre as Mudanças Climáticas, Agricultura e Segurança Alimentar da FAO, com representantes do Banco Africano de Desenvolvimento e com o director da Divisão de Desenvolvimento Agrícola da FAO, David Laborde, sendo também recebida pelo presidente do FIDA, Álvaro Lario e pelo director-geral da FAO Qu Dongyu.

Contam-se, ainda, as reuniões com o director-geral da FAO, com representantes do Banco Mundial e com empresários italianos.

Diplomatas africanos elogiam participação

Na quarta-feira, representantes africanos junto do organismo das Nações Unidas em Roma, os embaixadores da República do Congo e da República Centro Africana, Bienvenu Ntsouanva e Honoré Feizoure, elogiaram a apresentação de Angola numa mesa redonda com os doadores tradicionais dos programas das Nações Unidas para a eliminação da pobreza e desenvolvimento.

O evento avaliou os resultados dos financiamentos de programas em curso, discutiu a qualidade dos financiamentos concedidos para situações específicas no quadro do programa “Mão-na-Mão”, instituído pela FAO, e analisou formas de aumentar os recursos disponíveis.

Angola apresentou aos investidores as oportunidades que o país oferece, com o secretário de Estado para a Agricultura e Pecuária a explicar as condições que foram criadas pelo país para receber investimentos.

O embaixador Bienvenu Ntosouanva manifestou expectativas de que Angola consiga mobilizar os recursos pretendidos, principalmente para o desenvolvimento das comunidades rurais, enquanto que o da República Centro Africana considerou que a apresentação foi bem concebida, mostra as reais ambições do país e que se Angola conseguir mobilizar os recursos pretendidos, vai ajudar a economia da região.

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