Quando a oposição opta pela mentira para caçar voto!

A campanha eleitoral está na recta final. Depois de três semanas, os sete partidos e a única coligação de partidos concorrentes às Eleições Gerais de 24 de Agosto próximo têm mais uma semana para tentar caçar o maior número de votos possíveis.

Nesses dias, um pouco melhor, em termos de arrumação das campanhas, nos tempos de antena, os partidos procuraram transmitir mais os seus programas de governação, as estratégias de como pretendem melhorar a vida dos angolanos, do que a perder tempo com situações que não atraiam eleitores.

Apesar dessa melhoria nos aspectos técnicos e nos próprios discursos, vimos acusações entre os dois principais candidatos a Presidente, próprio dessas fases de campanhas eleitorais. Porém, pede-se que se tenha algum cuidado com discursos inflamatórios, para não se pôr em causa o processo de pacificação levado a cabo, há anos, no país.

Porém, o que mais chamou a atenção, na semana que terminou, foi a unicidade entre os diferentes líderes de partidos da oposição a optarem numa estratégia da mentira. Mentira contra o partido MPLA e ao seu líder.

Nos tempos de antena dedicados ao MPLA, João Lourenço procurou, como o faz desde o início da campanha, abordar as questões da proposta de governação do partido de forma realística, talvez, fruto da vasta experiência que vai acumulando, nestes cinco anos de Presidência. Falou do que é possível fazer e do que se fez no mandato, prestes a findar.

Passar falsidades

Diferente do candidato do MPLA, os outros candidatos, nomeadamente Adalberto Costa Júnior (UNITA), Manuel Fernandes (CASA-CE), Benedito Daniel (PRS), Nimi a Simbi (FNLA), Quintino Moreira (APN), Dinho Chingunji (P-Njango) e Bela Malaquias (PHA), parece-nos, até, que terão combinado em tentar passar a ideia de que o partido no poder nada terá feito por Angola e pelos angolanos.

Quando afirmaram que o país não tem escolas, hospitais, centros comerciais, serviços de transporte, ou que os jovens não têm empregos, entre outras acusações ingénuas, é algo que cheira a falácia pura. Aliás, o eleitor não é tão cego, como o fingem ser os líderes da oposição, para acreditar que o país não mudou, para melhor, nos últimos quatro anos.

Reconhece-se que muitas batalhas ainda precisam de ser vencidas, mas o Presidente João Lourenço, por reconhecer isso mesmo, tem estado, nos seus discursos, justificando as razões para o insucesso em certos sectores. Um desses constrangimentos está ligado ao surgimento da pandemia da Covid-19, que se deu logo nos dois primeiros anos de mandato deste actual Governo.

Por isso, não fica bem aos candidatos da oposição “taparem o sol com a peneira” em relação aos feitos da equipa de João Lourenço. Não são proibidos de indicar as falhas dos vários mandatos do MPLA, mas que o façam com verdade e, mesmo, por respeito ao povo que querem, um dia, talvez, governar.

Aliás, biblicamente, aprendemos que Deus abomina a mentira e, por isso, não suporta a presença dos mentirosos. E, Jesus Cristo, que se apresenta como a Verdade (João 14:6), nos ensina que é pela verdade que o homem se torna livre.

O eleitor angolano tem noção desses preceitos sagrados. Em função disso, é capaz de não aceitar e fugir desses políticos mentirosos, tal como orienta a Sagrada Escritura, para não se compactuar com os enganadores.

E mais: “Aqueles que decidem trapacear, mentir, enganar e deturpar, tornam-se escravos do diabo”, acrescenta ainda a Bíblia.

Não acreditamos que os líderes da oposição, até por que têm a oportunidade de viajar pelo país, com dinheiro do Estado e dos angolanos, não tenham tido a capacidade de constatar as estradas, unidades escolares e de saúde, serviços de água potável e de energia eléctrica, avanços na agricultura ou o empreendedorismo da juventude!

Ou mentem intencionalmente, para enganar o eleitorado? Se assim for, é grave. Dizer falso testemunho contra o próximo ou faltar à verdade é pecado. Está em Êxodo 20:16, senhores da oposição.

Por isso, nestes últimos dias de campanha eleitoral espera-se que haja políticos da oposição com capacidade para criticarem o adversário, mas, acima de tudo, para reconhecerem os feitos do outro. É assim que se faz política. É assim que se caça voto. A mentira, como estratégia para procurar a adesão de possíveis votantes, não é boa, principalmente, quando as obras do partido no poder estão aí aos olhos de todos!

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