Políticas de apoia às MPMEs angolanas analisadas em Genebra

O Presidente do Conselho de Administração do Instituto Nacional de Apoio às Micro, Pequenas e Médias Empresas (INAPEM), João Nkosi, apresentou, esta segunda-feira, em Genebra, as políticas angolanas como parte do Plano Nacional de Desenvolvimento 2023-2027, no qual o sector privado desempenha um papel central na criação de emprego, geração de riqueza para as famílias, bem como no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

De acordo com um comunicado de imprensa o gestor do INAPEM, João Nkosi, abordou esta questão durante a 11ª sessão da reunião plurianual de peritos em investimento, inovação e empreendedorismo para capacitação produtiva e desenvolvimento sustentável, promovido pelo Comércio e Desenvolvimento das Nações Unidas (UNCTAD na sigla inglesa), que decorre em Genebra, Suíça, de 30 de setembro a 1 de outubro.

Peritos de mais de 100 países participaram do evento, João Nkosi sublinhou que as políticas angolanas de apoio às pequenas empresas e o empreendedorismo estão alinhadas com as prioridades de desenvolvimento mais amplas do governo, nomeadamente no que diz respeito ao desenvolvimento do capital humano e à segurança alimentar, em consonância com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas.

“Em termos práticos, Angola tem vindo a trabalhar intensamente nos últimos anos para fomentar o aparecimento de pequenas empresas capazes de contribuir para o desenvolvimento do país. Neste sentido, várias acções têm sido desenvolvidas no âmbito da promoção do empreendedorismo”, disse.

Segundo o comunicado, João Nkosi destacou nomeadamente a criação de uma plataforma online de certificação de micro, pequenas e médias empresas, que já registou mais de quarenta e cinco mil empresas, das quais dez mil foram certificadas em um ano, ou seja de 2023 a 2024.
Por outro lado, mais de oitenta mil empreendedores, dos quais mais de sessenta por cento são mulheres, foram capacitadas mais de duas mil empresas receberam financiamento para o desenvolvimento de vários negócios.

Igualmente foram partilhadas ideias que visam criar um quadro legal para regular as actividades das startups. De igual modo, com o apoio da UNCTAD foram desenvolvidas acções para que Angola venha a ter uma agenda nacional de fomento ao empreendedorismo.

Fazem parte das acções desenvolvidas pelo governo, a criação da associação angolana de startups e empreendedores, a criação de uma rede nacional de incubadoras para promover iniciativas inovadoras e a organização de três “Angola Startup Summits”, com mais de 400 startups registadas num período de três anos.

A participação em vários eventos internacionais de promoção de empreendedores e startups, como a Web Summit em Lisboa e no Rio de Janeiro, a elaboração de uma proposta de legislação para regulamentar as actividades das startups, bem como a criação do Fundo Nacional de Emprego de Angola, destinado a disponibilizar recursos financeiros a iniciativas públicas e privadas que facilitem a integração de licenciados, e desempregados no mercado de trabalho, bem como a promoção de pequenas empresas e do empreendedorismo jovem, integram as acções desenvolvidas.

Notícias relacionadas
Comentários
Loading...