Partidos políticos fazem últimos apelos ao voto
A dois dias das quintas eleições gerais em Angola, as oito formações políticas concorrentes entraram em cena, pela última vez, para consolidar os seus discursos e programas de governação, e, assim, convencer os ainda indecisos.
Neste último dia de campanha, a tónica recaiu para o MPLA, a UNITA, o PRS, a CASA-CE e a FNLA que encerram as suas agendas com actos de massas, em Luanda, enquanto os demais partidos desdobraram-se pelo interior do país.
MPLA
O candidato a Presidente da República pelo MPLA, João Lourenço, destacou, hoje, em Luanda, o papel da mulher no desenvolvimento do país e as políticas para a promoção da justiça e igualdade na sociedade.
Ao falar num encontro promovido pela OMA, no quadro da campanha para eleições de 24 de Agosto, o líder do MPLA defendeu, para as mulheres, mais direitos e oportunidades no emprego, na saúde, ascensão na carreira profissional e cargos de chefia.
FNLA
A Frente Nacional para a Libertação de Angola (FNLA) encerrou hoje, segunda-feira, em Luanda, a campanha com discurso focado na unidade, transparência do processo eleitoral e a valorização dos antigos combatentes.
O presidente do partido, Nimi a Simbi, disse que a FNLA quer ser governo no próximo pleito eleitoral e assegurou que elaborou uma estratégia que envolveu o país, tendo passado pelo Zaire, Malanje e Uíge para medir a pulsação.
Em Ndalatando, 965 delegados de lista da Frente Nacional de Libertação de Angola receberam, esta segunda-feira, em Ndalatando, Cuanza Norte, as credenciais para o pleito do dia 24 do corrente mês.
PRS
No final de um encontro com representantes da União Europeia, o presidente do Partido de Renovação Social (PRS), Benedito Daniel, considerou positiva a campanha de “caça” ao voto, realizada em todo país, visando as eleições de quarta-feira.
Ao dirigir-se aos observadores do processo eleitoral, o candidato a Presidente da República, disse que apesar de alguns percalços, como alguma intolerância, de uma forma geral, o processo decorreu bem, pelo que se manifesta “confiante na vitória”.
Por outro lado, o secretário provincial do PRS na Lunda Norte e candidato a deputado, Domingos Lote, disse, esta segunda-feira, no Dundo, que “o partido conseguiu recuperar a confiança do povo e reconquistar militantes desavindos”.
CASA-CE
Após uma visita a alguns mercados de Luanda, o coordenador da campanha da Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral, a nível a província de Luanda, Miguel Quibenze, disse que essa formação pretende requalificar a capital.
“A requalificação da cidade de Luanda, com destaque para as valas de drenagem e saneamento básico, com vista a resolver o problema habitacional dos cidadãos, constitui uma das prioridades da CASA-CE”, salientou depois de andar pelos mercados do Calemba 2 e do KK, no município de Belas.
APN
Sem actividade de vulto, envolvendo o seu líder Quintino Moreira, a Aliança Patriótica Nacional realizou, em todo o país, campanhas de mobilização porta-a-porta e passeatas, assim como distribuiu panfletos, camisolas e bandeiras.
P-NJANGO
Em Saurimo, 724 delegados de lista e 16 fiscais do Partido Nacionalista para a Justiça em Angola terminaram, esta segunda-feira, a formação sobre o processo eleitoral.
Neste período, os formandos abordaram questões relacionadas com o papel dos delegados e fiscais, como votar, ética e deontologia profissional, cumprimento do horário, entre outras matérias sobre eleições.
UNITA
No Dundo, o secretário provincial da UNITA na Lunda Norte, Domingos Oliveira, sublinhou que o seu partido está em melhores condições de eleger mais deputados, porque preparou-se melhor e a sua proposta de programa de governo convenceu os eleitores locais.
“Em todos os actos ou contactos com os eleitores, sentimos a vontade dos angolanos residentes nesta parcela do território em dar um voto de confiança à UNITA, por isso, acreditamos e estamos confiantes que vamos aumentar o número de deputados no círculo provincial da Lunda Norte, no mínimo três”, frisou.
PHA
Também em Saurimo, o secretário do Partido Humanista de Angola, Manuel Massanzo, apelou a aceitação dos resultados eleitorais por parte dos partidos políticos, seja quem for o vencedor das quintas eleições.