País garante condições técnicas para o êxito da Assembleia da UIP
O país tem criadas todas as condições técnicas para a realização, sem sobressaltos, da 147ª Assembleia da União Interparlamentar (UIP), garantiu, este domingo, em Luanda, a porta-voz do evento, deputada Idalina Valente.
Em declarações à imprensa, no âmbito de uma antevisão da cerimónia de abertura da reunião, agendada para hoje, às 19h00, a também coordenadora da UIP revelou que, para o êxito da organização, o país investiu na compra de vários equipamentos essenciais.
“As condições técnicas estão criadas e temos estado a receber muitos elogios da organização, porque fomos muito ao detalhe da organização. Temos equipamentos nossos e que foram adquiridos, que vão fortalecer a capacidade técnica e de equipamentos da Assembleia Nacional”, disse, esclarecendo que alguns, cujo Parlamento não necessita para o trabalho diário, foram alugados e adquiridos a partir do exterior do país.
Durante os dias que antecederam a abertura do evento, agendado para hoje à noite, de acordo ainda com a porta-voz da 147ª Assembleia da UIP, o Comité Executivo da organização, órgão máximo da União Interparlamentar, esteve a organizar os temas que serão analisados a partir de amanhã, nas reuniões do Conselho Directivo e Assembleias Parlamentares.
A questão das finanças, disse, foi amplamente analisada por um sub-comité de Finanças, que analisou outros documentos relacionados com resoluções e que serão trabalhadas e melhoradas no âmbito das Comissões Permanentes da UIP, nomeadamente Comissão Permanente dos Direitos Humanos, dos Parlamentares, Grupo Geopolítico Africano e o Fórum das Mulheres Parlamentares.
Idalina Valente esclareceu que um dos aspectos essenciais da reunião prende-se com o denominado “ponto de urgência”, admitindo ser alvo de “muitas discussões”, assegurando que existem duas tendências principais: uma que tem a ver com um ponto do fundamentalismo ou questões religiosas e como resolver estas situações, e, outro ponto, relativo ao conflito israelo-palestiniano, “o assunto preocupante do momento”.
Ontem, reforçou a porta- voz, os delegados à 147ª Assembleia da UIP participaram de várias reuniões, tendo destacado a reunião dos presidentes dos Parlamentos da América Latina, que elegeu o seu presidente e, também, as reuniões do Grupo Geopolítico da SADC, que serviu de discussão das candidaturas à presidência da União Interparlamentar e o ponto de urgência.
Descartada candidatura à liderança da organização
A deputada e porta-voz da 147ª Assembleia da União Interparlamentar (UIP), Idalina Valente, esclareceu que o país não apresentou candidatura à liderança da organização em virtude de uma expectativa pouco optimista, relativamente à possibilidade de Angola ser eleita, em dois mandatos consecutivos de um país de língua portuguesa.
Idalina Valente lembrou que a presidência da UIP e, apesar de ter chegado a vez de o continente africano eleger a candidata, a língua portuguesa não é oficial e nem de trabalho da União Interparlamentar, facto que coloca em desvantagem um provável candidato falante de português.
“É verdade que o português é a quarta língua mais falada a nível mundial, mas há uma certa concorrência entre os anglófonos e francófonos no que diz respeito aos seus direitos”, explicou, referindo estar encerrado o período de candidaturas.
Concorrem à presidência da União Interparlamentar quatro mulheres de parlamentos nacionais africanos, nomeadamente Adji Diarra Mergane Kanouté, do Senegal, Catherine Gotani Hara, do Malawi, Tulia Ackson, da Tanzânia, e Marwa Abdibashir Hagi, da Somália.