Médicos fazem a primeira cirurgia de ausência congénita de nariz

Faustino César, de 24 anos, foi o primeiro angolano operado, terça-feira, com sucesso, a uma arrinia (ausência congénita de nariz), numa intervenção feito pela equipa médica do Hospital Geral de Benguela.

O especialista em maxilofacial, Jeovan Rafael, disse, momentos após a cirurgia, que é a primeira vez a ser tratada esse tipo de patologia no continente africano. A cirurgia, explicou, começou às 8h30 e terminou às 11h30.

Para o sucesso da cirurgia, participaram na cirurgia 36 médicos, dos quais 27 residentes, entre os quais especialistas em cirurgia geral, maxilofacial, otorrino, anestesiologia e pediatria.

“Depois da identificação do caso, foram feitos estudos aprofundados e vários exames de alta complexidade, por se tratar de uma doença rara e, a nível do mundo, de acordo com os estudos feitos, existem menos de 50 casos semelhantes”, explicou.

Natural de Benguela, Faustino César, informou o médico, é o único caso registado, até o momento, de alguém com a patologia. “É um feito único, pois pela primeira vez foi tratada a patologia no continente Africano”.

O cirurgião Dayron Peña Quintero explicou que, depois da cirurgia, o paciente está a reagir satisfatoriamente nos cuidados intensivos e vai permanecer 30 dias hospitalizado. “O paciente é de família humilde e precisa de muito apoio”, disse.

O sucesso da cirurgia, referiu, é o resultado das políticas públicas que o Executivo tem feito no sector da Saúde, quer na formação de quadros, quer na aquisição de equipamentos de ponta. O médico lembrou que além desse caso, há seis meses o Hospital de Benguela efectuou o primeiro transplante de ossos personalizado, feito na Argentina. “Dentro de um mês, vai ser feita a colocação da primeira prótese total de nariz feita na Colômbia”, destacou.

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