João Lourenço reforça componente social no segundo mandato
O Presidente da República, João Lourenço, no discurso de tomada de posse, prometeu focar a governação na resolução dos problemas que mais afligem a população, dando mais peso ao sector social, e trabalhando para a conclusão de projectos de infra-estruturas que não foi possível executar como previsto no primeiro mandato, por causa dos constrangimentos económicos que se fizeram sentir em todo o mundo, na sequência da pandemia de Covid-19.
Lourenço reiterou o compromisso de governar para “todos os angolanos em prol do desenvolvimento económico e social do país e do bem-estar”.
“Particular atenção será prestada ao sector social no que concerne ao bem-estar das populações”, disse, numa cerimónia que contou com representantes de mais de 50 países dos cinco continentes, e cerca de 15 mil convidados, na Praça da República, em Luanda.
“Continuaremos a investir no ser humano como principal agente do desenvolvimento, na sua educação e formação, nos cuidados de saúde, na habitação condigna, no acesso à água potável e energia eléctrica, no saneamento básico”, afirmou, defendendo a continuação da aposta em políticas “e boas práticas para incentivar e promover o sector privado da economia, para aumentar a oferta de bens e serviços de produção nacional, aumentar as exportações e criar cada vez mais postos de trabalho para os angolanos, sobretudo para os mais jovens”.
“Neste segundo mandato, vamos dar continuidade e concluir os projectos públicos de infra-estruturas como o Porto Comercial de águas profundas do Caio em Cabinda, os aeroportos de Cabinda, de Mbanza Congo e o Internacional António Agostinho Neto em Luanda, as refinarias de petróleo de Cabinda, do Soyo e do Lobito, o Polo de Desenvolvimento da Barra do Dande, a barragem hidro-eléctrica de Caculo Cabaça, a interligação dos sistemas norte-centro-sul e leste da rede nacional de electricidade, a construção dos parques fotovoltaicos de energia para grande parte do país”, revelou.
“Vamos construir os sistemas de captação, tratamento e distribuição de água do BITA e da Quilonga para solucionar o déficit de água de Luanda, assim como o grande programa de construção dos canais e barragens, albufeiras de armazenamento de água, no âmbito da luta contra os efeitos da seca no sul de Angola”, disse Jlo, que quer o país com “mais hospitais dos níveis primário, secundário e terciário e infra-estruturas para os ensinos primário, secundário e superior serão construídos, mais estradas serão reabilitadas e construídas”.
O Governo, cuja composição deverá ser conhecida em breve, vai “dar continuidade à construção de infra-estruturas sociais de proximidade em todos os municípios do país no quadro do PIIM. Todos estes programas e projectos trarão mais desenvolvimento mas também mais emprego para os angolanos”.
A protecção das minorias, dos mais vulneráveis, dos idosos, da criança e dos menos favorecidos, será uma constante das políticas do Executivo ao longo deste novo mandato é outra prioridade, disse,
“O programa de transferências monetárias KWENDA, o MOSAP, o Programa de Apoio e Promoção do Empreendedorismo (PAPE), o Programa de Reconversão da Economia Informal (PREI) e outros de assistência social, terão continuidade e serão aprimorados e ajustados às reais necessidades dos grupos alvo” avançou, e o governo vai “honrar o compromisso de continuar a lutar pela igualdade do género, pela igualdade de oportunidades e promoção da mulher para os mais altos cargos de direcção e chefia no aparelho do Estado, nos cargos públicos e de liderança em diferentes sectores da sociedade angolana.
“Prestaremos atenção particular à formação académica e técnico-profissional dos jovens, para estarem melhor preparados a enfrentar as oportunidades que surgem no mercado de trabalho, cada vez mais exigente e competitivo de hoje.
Também a prevenção e combate contra a corrupção e a impunidade que ainda prevalece vão continuar. “Vamos todos trabalhar na educação das pessoas para a necessidade da mudança de paradigma, de vícios, más práticas e maus comportamentos instalados e enraizados há anos”.
“Vamos governar contando com a participação e o escrutínio de todos, dos deputados eleitos da Assembleia Nacional, das organizações não governamentais, das classes profissionais, dos sindicatos, do sector empresarial privado organizado em diferentes associações, dos académicos, das igrejas reconhecidas e dos médias”, prometeu