Investigação geológica mineira em Angola atingiu 42,3 milhões de dólares em 2024

As actividades de Investigação Geológica Mineira (IGM) no sector diamantífero de Angola receberam um investimento de 42,3 milhões de dólares no corrente exercício, resultando no arranque de nove projectos em fase avançada de prospecção e avaliação. Estes projectos geraram 1037 postos de trabalho directos, dinamizando a economia local, informou o Jornal de Angola, na sua edição de ontem, quinta-feira, dia 12.

A informação foi revelada por Ganga Júnior, PCA da Endiama E.P., durante a 10.ª Reunião do Conselho Consultivo do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás. Na ocasião, Júnior destacou a aposta estratégica da diamantífera na racionalização dos processos produtivos e na melhoria das actividades de investigação geológica e mineira.

Entre os projectos destacados, Luachimba e Xamacanda mereceram especial atenção, com o objectivo de preparar estes empreendimentos para a dispersão de 30% do capital social da Endiama em bolsa até 2027. A empresa procura assim reforçar a sua posição no mercado e atrair investidores internacionais.
No que diz respeito à produção de diamantes, a Sociedade Mineira de Catoca, a maior produtora do país, prevê atingir 6,53 milhões de quilates até finais de 2024. No entanto, este valor representa um défice de um milhão de quilates em relação à meta do Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN).

Entretanto, a Sociedade Mineira de Luele deverá ultrapassar os seus objectivos, projectando uma produção de 5,86 milhões de quilates, um excedente de 1,56 milhões de quilates equivalente a 36%. Este desempenho positivo demonstra o potencial do subsector diamantífero, que continua a atrair investimentos.

A Sociedade Mineira do Chitotolo, por sua vez, prevê produzir cerca de 337 mil quilates, apresentando um défice de 5 mil quilates em relação ao PND. A Sociedade Mineira do Cuango espera produzir 293 mil quilates, ficando 53 mil quilates aquém do seu objectivo.

Apesar dos desafios, o sector mineiro em Angola continua a mostrar resiliência, esperando-se que novas iniciativas de investigação e melhorias nas operações ajudem a ultrapassar as deficiências e a atingir as metas de produção nos próximos anos.

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